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Enviada em: 06/10/2018

Consoante o filósofo alemão Arthur Schopenhauer, "o maior erro que um homem pode cometer é sacrificar a sua saúde a qualquer outra vantagem". No Brasil hodierno, esse erro é cometido diariamente por jovens que, seja pela adultificação precoce ou pela cultura do álcool, estão bebendo cada vez mais e mais cedo, atraindo problemas de saúde, brigas e acidentes.        No tocante à adultificação, percebe-se que a pressão para que o jovem entre no mercado de trabalho é crescente, contando com projetos governamentais, como o "Jovem Aprendiz", que apesar de benéfico, pois se torna uma fonte de renda e de conhecimento, acaba levando para o adolescente responsabilidades e consequências da vida adulta. Outrossim, a expansão, no Brasil, do direito de votar e até da responsabilidade penal para maiores de 16 anos também coíbe para os jovens se verem como maiores de idade e, assim, começarem a beber mais cedo.        Já em relação à cultura do álcool, tem-se que essa é inerente à vida em sociedade, já que é inegável a existência de músicas e séries amplamente difundidas e que instigam ao consumo de bebidas alcoólicas e outras drogas. Um exemplo disso é a série "Skins", que retrata o uso de drogas por adolescentes, ora como uma forma rápida de se chegar a felicidade, ora como uma maneira de superar a realidade do abandono familiar; bem como canções brasileiras, a citar " O que eu bebi" de Clarice Falcão, que aborda o consumo de álcool por motivos passionais.       Convém lembrar ainda que o jovem não possui seu organismo completamente formado, de maneira que o uso de drogas pode alterá-lo mais facilmente. Dessa forma, o jovem é mais suscetível a beber mais, influenciado pela sociedade e, assim, envolver-se em brigas e acidentes.       Desta feita, é preciso que o Governo instigue o jovem a permanecer em sua feixa etária, o que pode ser feito a partir de projetos educacionais, como o da escola integral, que busquem garantir a formação do adolescente e diminuir os índices de trabalho infantil. Além disso, cabe ao Ministério da Educação incentivar a produção de filmes e músicas que não abordem o álcool como uma saída, mas como um vício sério que deve ser controlado. Só assim, a juventude brasileira passará a priorizar a saúde, como preconizado por Schopenhauer.