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Enviada em: 26/10/2018

Luz aos jovens   Um dos legados mais significativos consolidado pelo Iluminismo — movimento social revolucionário do século XVIII — foi a previsão de um futuro no qual a liberdade de expressão e autonomia intelectual seriam pilares concretizados. No entanto, o aumento do consumo de álcool e drogas entre jovens, no Brasil, excede às premissas propostas no século das luzes e fere às leis democráticas atuais. Urge, portanto, inquirir a problemática em consonância ao cenário e agentes sociais envolvidos.    Em primeiro plano, é consistente frisar que a cultura do uso de insumos químicos entre os jovens detém conho antagônico: ora pelo Código Penal, que condena o uso de substâncias alcoólicas e ilícitas entre menores de idade, ora pela crescente variável no que tange à prática. À vista disso, destacam-se dados do IBGE, aos quais expõem que mais de 70% dos adolescentes brasileiros já consumiram produtos proibidos para tal faixa etária, como cigarros e álcool. Explicita-se, logo, a necessidade da intervenção de órgãos fiscalizadores no rol, com intuito de cumprir o que prevê às normas constitucionais vigentes.    Outrossim, convém ainda salientar que a negligência em responsabilidade legislativa, entre os jovens  brasileiros, ultrapassa o núcleo individual — vide alterações na saúde provindas da inserção abundante das substâncias químicas, como o vício — e colabora à ascensão de redes comerciais de narcotráfico. Isso se evidencia por pesquisas feitas pelo jornal ''O Globo'', que apontam o expressivo aumento no fluxo de entrada de drogas e cigarros no Brasil, mediante ao grande montante de mercado consumidor presente. Em suma, os hábitos ilegais materializam a visão do pensador francês Benjamin Constant, ao qual explica que tornou-se intrínseco aos indivíduos a prioridade na satisfação pessoal frente às consequências negativas que tais condutas podem acarretar.    Em síntese, faz-se imprescindível a adoção de medidas que visam, de modo eficiente, minimizar a alta incidência do consumo de álcool e demais drogas entre os jovens e seus impactos na sociedade. Dessa forma, o Ministério da Educação deve, por meio do aumento em estudos sociológicos, desde os primeiros anos escolares, enfatizar os perigos causados pelo consumo de substâncias ilícitas a fim de impedir o crescimento exponencial no âmbito. Às delegacias especializadas, por sua vez, compete promover a intensificação em perícias nas fronteiras, visando desarticular ações de grupos traficantes que infrinjam às leis e persistam no tráfico internacional de entorpecentes. Por conseguinte, sob a aplicação de tais medidas, seria visível a atenuação do consumo de matérias alucinógenas entre os jovens, construir-se-ia cidadãos mais transigentes e daria luz a uma perspectiva iluminista.