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Enviada em: 03/08/2017

A cada ano que passa, os jovens brasileiros sentem maior liberdade para consumirem drogas, tanto lícitas quanto ilícitas, uma vez que a fiscalização e orientação, por parte dos órgãos competentes e de seus responsáveis, é precária. Nesse sentido, caso não haja uma mudança, cada vez mais jovens terão o futuro e a saúde ameaçados pelo uso das drogas.             Segundo dados do IBGE, 70% dos jovens entre 13 e 15 anos já experimentaram bebidas alcoólicas e 10% utilizaram drogas ilícitas, tornando o álcool a droga mais consumida entre esses adolescentes. Embora exista a Lei 13.106/2015 que criminaliza a oferta de bebidas alcoólicas para os menores de 18 anos, existe uma grande permissividade por parte da sociedade, por considerarem uma droga permitida. Ainda por cima, a maioria dos comerciais de bebidas alcoólicas mostram temas como relaxamento, camaradagem e humor, que são diretamente relacionados as expectativas dos jovens.       Além disso, é na adolescência que se estabelecem hábitos que serão levados pela vida adulta e consequentemente existem efeitos causados no indivíduo pelo uso das drogas. O consumo do álcool compromete o sistema nervoso central do corpo humano, que é responsável por receber e processar informações, e sob os efeitos do álcool, os jovens ficam mais propensos a comportamentos de riscos, como brigas e sexo desprotegido ou não consensual. Com o uso das drogas, principalmente as ilícitas, ocorrem os danos sociais, como o isolamento do usuário, discriminação, desintegração familiar e consequente desorganização mental.        Portanto, a solução envolve três frentes contínuas de ação. A mídia deve realizar campanhas informativas, que mostrem as consequências reais do uso das drogas e não aceitar propagandas de bebidas alcoólicas que possam seduzir os jovens a consumirem. Por sua vez, as escolas precisam criar projetos educativos para discussão do tema e dispor de profissionais capacitados que ajudem esses jovens a superarem seus problemas. E por fim, cabe a família o papel fundamental na formação do indivíduo, sendo sua função ensinar a criança a lidar com as frustrações, estabelecer limites, começar a ensinar sobre as drogas, naturalmente e de modo simples, e ter atitudes condizentes com o que é falado.