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Enviada em: 07/08/2017

Busca pelo prazer, autoafirmação, período de descobertas. Muitos fatores tornam os jovens mais suscetíveis a experimentar substâncias psicoativas. Concomitantemente, a falta de ações efetivas para alterar e prevenir essa realidade provoca o aumento do consumo de álcool e drogas entre os adolescentes no Brasil. Com isso, a integridade física, mental e social desses indivíduos encontra-se em risco. Sendo assim, é válido analisar as motivações e os corolários da problemática.       A princípio, ressalta-se que a pressão dos pares em consonância com a cultura de valorização de bebidas alcoólicas contribuem para o agravamento desse fenômeno nocivo. Afinal, de acordo com o filósofo Rousseau, o ser humano é um produto do ambiente em que vive. Sob esse aspecto, o incentivo dos amigos, o fácil acesso, a exposição e exaltação da cerveja, por exemplo, realizada pela mídia e a ausência dos familiares respaldam e encorajam a ingestão de entorpecentes precocemente e, por vezes, de maneira excessiva.     Outrossim, segundo Mahatma Gandhi, o futuro dependerá dos atos perpetrados no presente. De forma análoga, os efeitos dos maus hábitos relacionados aos tóxicos são extensos e podem perdurar por toda a vida. Biologicamente, o cérebro, até os 21 anos, ainda está em processo de desenvolvimento, assim a memória e a cognição podem ser prejudicadas. Ademais, tais compostos, após o uso, reduzem o senso crítico. Por conseguinte, os usuários tendem a ser mais vulneráveis à gravidez, doenças sexualmente transmissíveis, violência, acidentes de trânsito e dependência química.       Torna-se evidente, portanto, a premência por medidas a fim de prezar pelo bem-estar dessa geração. Logo, as emissoras de TV aberta poderiam incluir a questão em novelas por meio de personagens fictícios com o fito de estimular o debate e alertar, sobretudo, os responsáveis. Paralelamente, os pais são encarregados de dialogar e transmitir bons valores e, se necessário, monitorar e proibir comportamentos que comprometam a saúde dos filhos. O poder legislativo, por sua vez, poderia restringir as propagandas de bebidas leves nos moldes da lei a qual se aplica, atualmente, às fortes como a vodka. Além disso, cabe ao governo disponibilizar um maior contingente de funcionários para fiscalizar os bares. A partir de tais posturas, seria viável impedir o estimulo e a venda de álcool para menores de idade.