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Enviada em: 30/10/2017

A adolescência é uma fase do desenvolvimento humano conflituosa, marcada por inúmeras mudanças físicas, psicológicas e culturais. A facilidade e a vontade de experimentar o novo, aliadas às mudanças biológicas deixam os jovens cada vez mais suscetíveis ao consumo de drogas, sejam elas lícitas ou ilícitas, tornando indispensável a tomada de medidas que resolvam a questão.     Primordialmente, é indubitável que a busca de um isolamento monacal por parte dos jovens esteja entre as causas do impasse. Isso ocorre, sobejamente, devido à inconstância hormonal dessa faixa etária, que pela alta concentração de estradiol e testosterona, tornam os jovens ora mais agressivos, ora mais deprimidos. Nesse contexto, muitos pais acabam por deixar preponderar a vontade isolacionista, a qual contribui, mormente, para a entrada do adolescente no mundo das drogas, haja vista, que esse busca amparo em grupos de amigos tornando-se, assim, suscetível aos estereótipos difundidos por esses.     Outrossim, é incontrovertível que a problemática está longe de ser resolvida. Segundo Saint-John Perse, a democracia, mais do que qualquer outro regime, exige o exercício da autoridade em prol de se assegurar o bem comum. Contrariando a tese do filósofo, o que se denota, claramente, é uma facilidade de acesso às drogas na sociedade hodierna, a título de exemplo, o álcool. Devido à falta de fiscalização e com ideal excludente de lucro, inúmeras empresas facilitam o acesso dos jovens às substâncias restritas à maiores, justificando, em última análise, o fato de que mais de 55% dos adolescentes de 14 anos já terem tido acesso direto a cigarros e bebidas alcoólicas, segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar.      Destarte, é evidente que medidas são necessárias para mitigar o impasse. Num primeiro momento, é indispensável que os pais tenham contato direto e marcante com seus filhos, em prol de atenuar a influência de paradigmas e estereótipos de grupos na vida do jovem que, por conseguinte, possam facilitar o consumo de drogas. Ademais, é pertinente que o Estado, por intermédio do MEC, financie campanhas de conscientização ministradas por psicólogos e especialistas no assunto acerca dos malefícios dessas substâncias cerceando, paulatinamente, seu consumo. Por fim, é premente que as esferas públicas estaduais e municipais aumentem o número servidores públicos, fiscalizando, principalmente, locais de maior incidência de venda ilegal de drogas. Quem sabe, assim, as cláusulas pétreas tangentes à proteção do jovem se concretizem, factualmente, na sociedade pós-moderna.