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Enviada em: 19/08/2017

Alegria. Curiosidade. Ousadia. Essas são algumas das características mais marcantes da juventude. Fase na qual o ser humano vive as suas emoções intensamente e define-se como indivíduo. Todavia, as pressões sociais exercidas sobre os mais jovens e a exacerbada busca pelo prazer da sociedade contemporânea fomentam um grave problema: o aumento do consumo de drogas nesse período da vida.    Primeiramente, é importante destacar o impacto do fato social na vida dos adolescentes. Tal fenômeno foi conceituado pelo sociólogo Émile Durkheim, no qual é mostrado que o ser humano é submetido aos "padrões" morais e comportamentais impostos a ele coercitivamente pela sociedade. Desse modo, muitos jovens consomem álcool e outras drogas para não sentirem-se deslocados socialmente, submetendo suas vontades individuais às pressões coletivas do meio.    Além disso, a exorbitante vontade de obter prazer faz com que muitas pessoas tomem atitudes inconsequentes. O também sociólogo Zygmunt Bauman explicitou, com a ideia da modernidade líquida, que o ser humano contemporâneo tende a tornar-se mais hedonista. Por essa razão, muitos jovens usam drogas, lícitas ou não, para alcançarem o prazer da "onda" que elas podem  fornecer, sem considerar os seus prejuízos à saúde.    Com isso, depreende-se que as questões que têm levado a juventude a um aumento do consumo de álcool e outras drogas deverão ser mitigadas. Portanto, o Ministério da Educação deve levar, para as escolas, projetos e palestras educacionais que alertem os alunos quanto aos prejuízos das drogas, gerando neles senso crítico para que tomem as suas decisões baseadas não nos seus meios sociais, mas sim em suas próprias convicções. Ademais, a mídia e os pais precisam mostrar aos jovens que o prazer não é o bem maior da vida e que para toda ação existe uma reação com igual intensidade, mesma direção e sentido contrário, como prediz o físico Isaac Newton. Desse modo, eles trocarão as "viagens" das drogas pelos sonhos da juventude.