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Enviada em: 15/08/2017

A banalização das drogas no Brasil     Nas últimas décadas, houve um aumento significativo de consumo de álcool e outras drogas entre os jovens no país. Este fenômeno é consequência de uma educação, embora menos autoritária, ainda pouco reflexiva, implantada nas famílias. Sendo assim, a cultura da droga tornou-se mais permissiva e simbólica para adolescentes e crianças.     É comum, no Brasil, o consumo de álcool e drogas ilícitas durante a confraternização de grupos de jovens. Em muitos eventos, ocorrem pressões psicológicas e intimidações para que haja o consumo por indivíduos e o sentimento de participação do grupo, ou seja, a droga é considerada como elemento simbólico. Esta prática corrobora o que  o psiquiatra Arthur Guerra de Andrade, presidente executivo do Centro de Informação sobre Saúde e Álcool, classifica como pressão de grupo, situação na qual o jovem senti-se altamente influenciado.      Ademais, a influência ao consumo de drogas, principalmente de álcool, origina-se em muitos casos na própria família. As bebidas alcoólicas  estão presentes em momentos festivos das famílias brasileiras. No entanto, ainda há pouco diálogo sobre as consequências do consumo. Para muitas famílias, ingerir álcool é uma prática periódica cujo dano é banalizado. Segundo o IBGE, 70 por cento dos adolescentes entre 13 e 15 anos já consumiram álcool, possivelmente, muitos com o consentimento da família.     Considerando a banalização das drogas e a potencial perda de senso crítico gerado pelo álcool, além de sua propagação na cultura brasileira, tornam-se necessárias medidas que abranjam toda a sociedade. As instituições de ensino e religiosas, a família, a mídia, assim como o governo devem promover práticas que reflitam sobre as consequências fisiológicas e psicológicas do uso desregrado e contínuo destas substâncias químicas.