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Enviada em: 20/10/2017

Na novela O Clone a atriz Débora Falabella interpreta uma personagem  que vive conflitos familiares e sociais devido ao consumo de álcool e outras drogas na juventude. Fora da teledramaturgia, essa ainda é a realidade vivenciada por uma grande maioria dos jovens e adolescentes. Isto é, a ingestão precoce de substâncias lícitas e/ou ilícitas influenciadas pela mídia, pelos amigos e até  mesmo pelos próprios familiares - indiretamente - gera consequências críticas.   Segundo o sociólogo Adorno, a indústria cultural possui um grande poder de persuasão. Ou seja, por meio de músicas, filmes e propagandas pode-se facilmente influenciar um público. Assim, o alvo principal são os adolescentes, pois, possuem um pensamento crítico pouco aguçado por estarem em fase de construção física e mental. Dessa forma, pelo fato da curiosidade pelo desconhecido nessa idade ser mais frequente, é mais imediato o consumo de drogas sem que ocorra antes uma real compreensão sobre o assunto. Destarte, tal realidade consta na estimativa feita pelo Profissão Repórter em Porto Alegre em que 7% dos jovens entre 10 e 18 anos de idade já experimentaram drogas.    Nesse contexto, tornou-se comum associar diversão com a consumação de bebidas alcoólicas. Na roda entre amigos, por exemplo, a bebida nem sempre é questionada. Apenas faz-se necessário a sua ingestão. Todavia, jovens que optam por não beber são excluídos e ficam sujeitos a sofrer bullying por irem contra à ideia de que é preciso usufruir do álcool ou qualquer outra droga com o intuito de ter apenas um prazer momentâneo. Outrossim, os pais como mister na educação primária, quando não alertam sobre os perigos que a bebida pode promover - como dependência e acidentes no trânsito, por exemplo - ajudam o filho a ter menos conhecimento sobre essa realidade e consequentemente estes vivem uma vida baseada em alimentar vícios.    Os riscos do aumento do consumo de álcool e de outras drogas entre os jovens no Brasil afeta a vida não apenas daqueles que fazem o seu uso como também de todos que estão inseridos no meio social, portanto. Por essa análise, a Polícia Civil deve aprimorar a fiscalização em bares e em ambientes públicos que forneçam bebidas alcoólicas com o intuito de proibir a venda para menores de dezoito anos. As escolas e universidades, por sua vez, com a participação de psicólogos devem realizar ações educativas e promover uma cultura de criticidade cujo foco seja entender os efeitos das drogas no cérebro e como evitar entrar nesse mundo. Para Paulo Freire, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda. Assim, é dever dos pais alertar aos filhos que o consumo de drogas lícitas e ilícitas viciam e podem levar a óbito.