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Enviada em: 22/08/2017

O aumento no consumo de álcool e drogas entre os jovens é um problema de Saúde Pública no Brasil. De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 70% dos adolescentes com idade entre 13 e 15 anos já experimentaram bebidas alcoólicas, e cerca de 10% já entraram em contato com substâncias entorpecentes. Cabe, nesse aspecto, aprofundar uma análise acerca dos problemas enfrentados pelo uso de álcool e drogas na juventude, como: o aumento de desenvolver dependência de álcool em idade adulta, sequelas neuroquímicas, aumento da mortalidade e a prática de sexo sem proteção. Sabe-se que esse contexto desafia em sua magnitude a sociedade brasileira e abordar essa temática é de grande valia para os interesses da contemporaneidade.   Torna-se imperante entender que não existe um nível seguro para o consumo de álcool, pois é uma droga psicoativa e altamente tóxica para o funcionamento do organismo humano. Adolescentes que fazem o uso de álcool tendem a se expor a diversos comportamentos de risco, como a relação sexual desprotegida com consequente gravidez precoce e aumento na transmissão de doenças sexuais, além de prejudicar o desenvolvimento cognitivo, uma vez que o etanol causa danos cerebrais que podem ser irreversíveis. Outro grave problema está relacionado com o aumento da mortalidade entre os jovens, em consequência do uso abusivo de bebidas alcoólicas como os acidentes automobilísticos que são a maior causa de morte, e o suicídio, pois o etanol é depressor do sistema nervoso central e pode desencadear depressão e ansiedade que corroboram para a prática de autoagressão.  Diante dessa problemática, vale ressaltar que quanto menor a idade de início de ingestão de álcool, maiores são as possibilidades de tornar um adulto dependente ao longo da vida, pois o uso abusivo dessas bebidas estimulam o vício químico. Ademais, os adolescentes que se se expõe ao álcool estão mais sujeitos a experimentar outras drogas devido à facilidade de acesso e a busca por novas experiências. A falta de fiscalização da lei que proíbe a comercialização de bebidas alcoólicas e as propagandas que associam o consumo de álcool ao prazer e sucesso são fatores estimulantes que levam ao uso abusivo entre a juventude. Sendo assim, cabe nessa conjuntura buscar viabilidades, como: as autoridades inflingir punições mais severas para o indivíduo que dirigir alcoolizado, além de aumentar as fiscalizações para limitar a disponibilidade de acesso, restringir as publicidades que estimulam a promoção do consumo de álcool, realizar campanhas educativas nas escolas para conscientizar quanto ao risco do uso abusivo de bebidas alcoólicas, preparar os profissionais da saúde para orientar os jovens quanto ao risco de ingestão dessas bebidas, afim de evitar gravidez precoce e a disseminação de doenças sexuais.