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Enviada em: 23/08/2017

Ao descortinar o século XX, a contemporaneidade, marcada pela modificação das relações interpessoais e dos modos de vida, permitiu a progressiva intensificação do consumo de álcool e de drogas ilícitas. Nesse contexto, os jovens tornam-se protagonistas desse problema social no Brasil, que é caracterizado tanto pela alta influência midiática na vida desses quanto pela influência social vivida.    É importante pontuar, de início, a contribuição positiva que a mídia desempenha no aumento do consumo de drogas pelos adolescentes. De acordo com Theodor Adorno, a mídia - por meio da indústria cultural - define, divulga e impõe padrões sociais que devem ser seguidos pelos indivíduos. As propagandas de cerveja expõem comportamentos e vidas utópicas relacionado ao consumo de determinada bebida alcoólica, dando a falsa impressão de que para conseguir tal vida, o jovem - com o senso crítico ainda em formação - necessita da ingestão de estimulantes alcoólicos para se inserir e ser aceito socialmente. Dessa forma, há o aumento do consumo dessas substâncias pela juventude que busca maior aceitação social nessa fase da vida, acarretando diversos riscos, tais como acidentes de trânsito, relações sexuais desprotegidas com o risco de transmissão de doenças, violência.    É fundamental pontuar, ainda, a contribuição social para moldar o comportamento individual. No livro "O Cortiço" de Aluísio Azevedo, é retratado o grande poder exercido pelo meio sobre o indivíduo, tornando-se grande seu poder de influência sobre seus comportamentos e suas vivências. Nesse sentindo, percebe-se que se uma criança cresce em uma família que consome grandes quantidades de álcool e droga aliado à negligência dos pais e responsáveis frente a isso, tende a adotar esse comportamento por conta da vivência em grupo. Com isso, nota-se que a influência social negativa colabora para o aumento da problemática em questão no Brasil.   Entende-se, portanto, que a influência das propagandas juntamente aos comportamentos sociais vivenciados pelos adolescentes contribui para o fortalecimento do impasse. Logo, faz-se necessário que o Governo proponha fiscalização atuante, eficaz e permanente nas redes abertas de televisão para diminuir a influência das propagandas na vida dos menores de idade, aplicando multas, caso necessário. Ademais, a escola deve proporcionar palestras aos alunos com profissionais da saúde com o intuito de informar ao jovem os malefícios trazidos pelas drogas, bem como realizar debates críticos nas salas de aula para estimular o desenvolvimento do senso crítico dos alunos para que possam mais facilmente se desvincular dos padrões impostos. Além disso, é imprescindível que a mídia em parceria a ONGs divulgue campanhas que visem a conscientização social e os riscos sobre o consumo excessivo de drogas. Assim, esse problema poderá ser gradativamente minimizado no país.