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Enviada em: 25/08/2017

Maus hábitos      "O ser humano é um produto do ambiente em que vive". A frase do filósofo francês Rousseau deixa nítida a relação da influência social para com os jovens brasileiros a respeito do frequente consumo de substâncias psicoativas hodiernamente. Nesse contexto, é preciso refletir sobre dois aspectos relevantes, como os fomentadores e os efeitos desse impasse para a sociedade.       A priori, cabe pontuar que, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 70% dos adolescentes- de 13 a 15 anos - já experimentaram bebida alcoólica e 10% já usaram substâncias ilícitas. Diante disso, vê-se que o fácil acesso, o incentivo de amigos e a falta de fiscalização governamental respaldam e encorajam a ingestão de entorpecentes precocemente e, por vezes, de maneira excessiva. Além disso, a ausência familiar, na orientação dos jovens, pode intensificar a escolha de seus filhos por bebidas que são, frequentemente, divulgadas na TV e nos meios midiáticos. Dessa forma, percebe-se que ainda não existem ações efetivas que corroborem com a Legislação Brasileira, a qual proíbe a venda ou o consumo de drogas por menores de 18 anos.     Ademais, convém frisar que os efeitos dos maus hábitos aos tóxicos são extensos e podem perdurar por toda a vida. Biologicamente, o cérebro, até os 21 anos, ainda está em processo de desenvolvimento e, portanto, o consumo de drogas pode afetar a memória e prejudicar a cognição de quem as ingere. Não obstante, os adolescentes ficam mais vulneráveis à gravidez, às doenças sexualmente transmissíveis e à violência. Dessa maneira, durante os efeitos da ingestão do álcool, os jovens são incapazes de diferenciar, corretamente, suas ações.      Em vista dos argumentos apresentados, medidas são necessárias para atenuar a problemática. É imprescindível que os pais transmitam bons valores aos seus filhos, com conversas e discussão sobre o tema, para prevenir as consequências que as drogas podem gerar. Outrossim, o Ministério das Comunicações, com o apoio dos meios midiáticos, deve fornecer novelas e desenhos que mostrem a realidade de uma pessoa que escolhe o "mundo dos entorpecentes", a fim de criar o debate entre responsáveis e os jovens. Paralelamente, o Poder Legislativo não pode deixar de aumentar a fiscalização, com profissionais de vigilância, dos lugares que vendem esses alucinógenos, com o fito de diminuir a venda e, consequentemente, o consumo de substâncias ilícitas para menores de 18 anos de idade. Decerto, assim, a ingestão de bebidas alcoólicas e outros tipos de drogas entre os adolescentes seja erradicada no País do futebol.