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Enviada em: 31/08/2017

O álcool e outras drogas ao longo do tempo têm sido desmistificados, antes vistos como algo de refinamento e requinte, hoje são separados em drogas ilícitas e lícitas, sendo parte das principais causas de tragédias como acidentes de trânsito. Posto isso, surge uma grande preocupação ao se notar o aumento do consumo precoce dessas substâncias pelos jovens brasileiros, que têm como principais motivadores a desestruturação familiar crescente do século XXI, o incentivo ao consumo precoce nos meios midiáticos e também a fiscalização deficitária desses entorpecentes.     Primeiramente, percebe-se que hoje há uma tendência de desestruturação familiar, onde as responsabilidades e a participatividade dos pais têm sido gradativamente extintos. Sendo assim, surge um grave problema, pois, segundo Sérgio Tanazzi, no processo de sociabilização, a família é tida como a primordial fonte de diálogo e informação que formará os aspectos básicos do caráter do indivíduo, e como isso tem acabado, ele fica sendo vítima de influências exteriores como os meios midiáticos, que podem influenciá-lo de maneira ruim, como ao consumo de substâncias.       A partir desse aspecto, nota-se a grande influência da mídia na construção de uma cultura do consumo precoce de álcool e a partir daí de outras drogas. Um exemplo bem notório é visto nas propagandas de cerveja, nas quais geralmente um homem que ingere essa bebida está cercado de mulheres atraentes, mostrando o "poder" do álcool como um atrativo feminino. Assim, fica clara a construção de um valor que faz o indivíduo almejar à experimentação de tal substância na juventude.           Além disso, as responsabilidades do Estado perante ao tema também têm deixado a desejar, ao passo que percebe-se a fiscalização deficitária na venda desses entorpecentes em comércios e festas. Em relação ao álcool, é percebida a facilidade com que tais bebidas podem ser comercializadas sem muita restrição em estabelecimentos. E pior, em festas, após o consumo do álcool, como o senso crítico é parcialmente perdido, o consumo de drogas ilícitas se torna mais fácil e incita o comércio ilegal.          Diante do exposto, urge que medidas sejam tomadas. Primeiramente, devido a desestruturação da família, a responsabilidade da informação deve ser passada a educação, na qual o MEC deve instituir a criação de um programa semestral anti-drogas nas escolas de todo o Brasil, visando sensibilizar os alunos e a comunidade próxima aos centros de educação. Além disso, o Ministério de Comunicações deve proibir as propagadas de consumo de álcool em horário comercial, visando diminuir o contato do jovem com a substância. E por último, o Estado deve instituir a fiscalização da lei que obriga a apresentação da identidade da compra de entorpecentes, e também tomar medidas mais ostensivas em festas de grande movimentação jovem, instituindo penas severas às irregularidades.