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Enviada em: 10/09/2017

No meio do caminho tinha uma pedra      O fato social, segundo o pensamento Durkheimiano, é uma maneira coletiva de agir e pensar, dotada de exterioridade, generalidade e corcitividade. Portanto, o consumo de bebidas alcoólicas e drogas é um fato social, uma vez que essa realidade existe independente da vontade de cada um, abrange a todos, e também é persuasiva. Com isso, surge a problemática do aumento do número de jovens que consomem essas substancias dessa lógica excludente que persiste intrinsecamente ligada à realidade do país, seja em razão de uma manipulação social, seja pela deficiência das leis.    É indubitável que milhares de jovens são incentivados por grupos sociais a consumirem drogas e bebidas. Isso ocorre, de acordo com Antônio Gramsci, devido a uma sujeição ideológica imposta por uma classe dominante a qual exige que as pessoas utilizem essas substancias para poderem se inserir a certo grupo.  Nesse contexto, percebe-se bem evidente esse fato em bailes e festas, visto que devido a busca dos jovens por status ou reconhecimento social nesses ambientes acabam sucumbindo ao uso desses elementos para se sentirem inseridos no meio ao qual estão, isto é, um local feito para curtir sob uso de bebidas e drogas. Dessa forma, muitos entram para o mundo do vício influenciados.    Cabe apontar também que as leis brasileiras dão brechas ao público jovem para usar bebidas alcoólicas e drogas. Isso é consequência da inercia do Estado em revolver os problemas de imediato que aparecem no país, pois, conforme Oscar Wilde, a insatisfação deve ser o primeiro passo para haver o progresso de uma nação. Nesse contexto, o site Portal G1 apontou em sua matéria que mais de 50% dos jovens brasileiros já consumiram bebidas alcoólicas e drogas em algum momento de sua vida, noticia essa que prova a deficiência das leis que proíbem a venda de bebidas a menores de idade e também a falta de punição para aqueles que compram e vendem drogas. Assim, o acesso a esses vícios se tornou muito fácil em razão de uma lei mal sucedida.     Entende-se, destarte, que a continuidade do uso de drogas e bebidas pelo público jovem no país é produto de uma ideologização e da ineficácia das leis. A fim de atenuar esse impasse são necessárias alternativas concretas que tenham como protagonistas a tríade Estado, escola e mídia. O Estado deve intensificar a fiscalização das leis enviando fiscais a festas e comércios, principalmente, para impedir o acesso a bebidas e drogas pelos jovens. Ademais, é dever da escola criar uma matéria que aguce o senso critico dos alunos quanto às manipulações que o mundo emprega; e a mídia deve criar programas e propagandas com o mesmo propósito. Somente assim, tirando as pedras do meio do caminho, construir-se-á um Brasil com menos jovens pedidos no mundo do vício.