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Enviada em: 10/09/2017

Segundo o sociólogo Emile Durkheim, a sociedade funciona tal qual um organismo vivo. Desse modo, é preciso contemplar todos os seus setores com equidade para obter-se um corpo social coeso e harmônico. Todavia, esse princípio é deturpado no Brasil, sobretudo ao trato dado ao consumo de drogas, lícitas e ilícitas, pelo Jovem. Assim, são gerados riscos a esse grupo, oriundos de entraves estruturais e culturais que precisam ser repensados      Primeiramente, deve-se pontuar deficits em nosso sistema educacional no que tange essa questão. Nesse sentido, o atual modelo de ensino funciona tal qual uma linha fordista, objetivando, quase exclusivamente, o vestibular. Dessa forma, o espaço para socializar a discussão acerca do uso de entorpecentes é duramente reduzido, em detrimento da abordagem, predominantemente, tecnicista das provas. O resultado é, muitas vezes,  uma gama de jovens sem orientação e discernimentos adequados, culminando não só no uso precoce de álcool e outras substâncias- como maconha e crack-, mas também no vício patológico. Assim, um problema educacional converge para um, de saúde pública, já que a escola de absteve de uma função social.      Ademais, é preciso ressaltar a influência cultural em meio a essa problemática. O historiador Sergio Buarque define o brasileiro enquanto "cordial", visto a tendência em subverter normas legais, em função de interesses privados e valores tradicionais. Tal conceito é evidenciado na medida em que a iniciação alcoólica na adolescência é normatizada e tida como fato cotidiano. Contudo, esse excesso de liberdade pode traduzir-se tanto numa falaciosa legitimidade para o indivíduo utilizar outras drogas, quanto numa distorção em seus desenvolvimentos metabólico, social e psíquico. Dessa maneira, a formação individual de muitos jovens é prejudicada, muitas vezes, em virtude da falta de coerção social adequada, fazendo-se necessária uma mudança de mentalidade.      A nação, portanto, vive um quadro crítico que precisa ser revertido. Logo, é essencial a atuação dos Ministérios da Educação e Saúde. Desse modo, com a inserção nas grades escolares de palestras e debates com especialistas sobre o uso de entorpecentes em relação ao jovem, a fim de maximizar a orientação e discernimento desse grupo, além de estabelecer profilaxia contra consumo precoce e vício. Também é necessária a ação de ONG`s junto a redes sociais, como "Facebook" e "Twitter". Dessa forma, com a veiculação de campanhas em vídeo que objetivem desconstruir o valor tradicional da ligação entre álcool e adolescência. Assim, no intuito de ratificar a importância de zelar pela conscientização dessa faixa etária, diminuindo os riscos à seu desenvolvimento individual, tais quais as substâncias ilícitas e cultura de subversão às normas civis.