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Enviada em: 15/09/2017

Com a eclosão da Revolução Industrial, a produção de bebidas se intensificou e, atrelada a ela, a venda. No Brasil, a ingestão de álcool é vista como algo cultural, visto que a maior diversão do brasileiro é "ir para o bar". Dessa forma, evidencia-se a "Banalização do Mal", proposta pela socióloga Hannah Arendt, onde algo é tão normal que se torna banalizado. No entanto, não deixa de ser um problema e, a cada dia, adolescentes vem aprendendo a ver não só a bebida, mas também outras drogas, como algo natural e essencial em suas vidas, o que provoca drásticas consequências.       Nesse cenário, é válido observar que a formação do caráter e da identidade do sujeito social se acentua na adolescência e que esta, na maioria das vezes, é uma fase de conflito. Portanto, o indivíduo busca alternativas para fugir dos problemas e da realidade que os cerca, encontrando, muitas vezes, no álcool e nas drogas, a distração e a felicidade que tanto procuram.       Outro fator existente é a influência familiar. De acardo com o Determinismo de Taine, o indivíduo é fruto do meio em que vive, por conseguinte, o costume de muitos pais em ingerir álcool ou fumar e deixar os filhos experimentarem, torna-se uma liberação para estes. Outrossim, muitos entram nesse mundo visando aproveitar a vida nos moldes da sociedade e fazer parte de um determinado grupo de amigos. Além disso, a falta de fiscalização torna fácil o acesso a tais produtos, já que a maioria dos estabelecimentos vendem bebidas alcoólicas para menores de 18 anos e nas festinhas estudantis as drogas são comercializadas entre os adolescentes.       Ainda convém lembrar que as consequências são drásticas, indo desde a diminuição do rendimento escolar, até o vício e o desenvolvimento de doenças sérias, como o câncer, a cirrose e problemas no coração e pulmões. Ademais, o filósofo Nietzsche ao evidenciar a existência da vida apolínica, guiada pela ordem e equilíbrio, e da dionisíaca, voltada para desordem e emoção, deixa claro que ambas devem estar em equilíbrio para que a razão não supere a emoção e vice e versa, pois só encontrando um meio termo, pode-se viver bem.        Sendo assim, as Escolas podem transmitir aos alunos os conhecimentos necessários para que eles possam entender os conflitos da mente e aprendam a combatê-los de forma saudável, através de palestras e projetos pedagógicos. Em adição, a Polícia Militar deve garantir a eficácia da lei que proíbe a venda de bebidas alcoólicas para menores de idade e ainda, impedir a comercialização de drogas em festas estudantis, por meio de uma maior vigilância e fiscalização. Por último, a mídia pode transmitir as consequências de tais produtos para a saúde do indivíduo, incentivando os pais a vigiarem os filhos ao invés de incentivá-los. Isso pode ser feito através de propagandas e documentários.