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Enviada em: 27/09/2017

Os jovens brasileiros frente às substâncias químicas     No século XVII, o Brasil colonial foi marcado por inúmeras manifestações nativistas. Assim, a revolta da cachaça foi destacada pela luta da população que buscava o retorno do direito ao consumo de álcool na colônia de Portugal. Contemporaneamente, embora bebidas alcoólicas e narcóticos sejam proibidas à  adolescentes, pesquisadas realizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), alerta a cerca do aumento da ingestão de substâncias químicas entre os jovens brasileiros, figurando a necessidade de intervenções que considerem aspectos sociais e políticos.    Nesse contexto, utilizando a literatura brasileira como parâmetro ao problema enfrentado, é possível questionar, se frente ao Brasil contemporâneo, o exacerbado patriota, Policarpo Quaresma — personagem da obra de Lima Barreto —, ainda orgulha-se de possuir sua naturalidade em um país explicitamente desatento aos cidadãos juvenis, no qual, ainda que a Constituição Federal proíba a ingestão de substâncias químicas por jovens menores de dezoito anos, pais e responsáveis toleram tão consumo, de forma à incentivar indiretamente a dependência química dos indivíduos.      Por conseguinte, o Poder Público parece ignorar a gravidade do problema. Nesse contexto, embora a lei garanta o posicionamento da Administração Brasileira no que tange ao consumo de substâncias químicas entre a população jovem, a falta de fiscalização da norma que protege os adolescentes à substâncias ilícitas, é responsável por parte da elevação do impasse. Dessa maneira, quando Gregório de Matos afirma: "Não sabem governar sua cozinha e podem governar o mundo inteiro", parece prever os reflexos de uma sociedade com desafios ignorados pela Gestão Federativa.     Levando em consideração tais enfoques, faz-se pertinente a atuação do Instituto da Criança e do Adolescente em parceria ao Ministério das Comunicações, na introdução do assunto na mídia comunicativa, promovendo o alerta aos riscos do aumento do consumo de substâncias químicas entre os jovens em novelas, notícias e comerciais de TV, no intuito de persuadir pais  a os atentar à ingestão desses tóxicos entre seus filhos. Outra iniciativa plausível, sobretudo, é o aprimoramento da fiscalização da lei que protege os adolescentes da utilização de substâncias ilícitas, por meio do aumento das políticas de punições aos indivíduos que vendam bebidas alcoólicas ou narcóticos à população juvenil. Destarte, é necessária uma atuação conjunta para a redução do impasse.