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Enviada em: 02/10/2017

O meio no qual estão inseridos os jovens tem relação com o consumo de álcool e drogas. A necessidade de serem “aceitos" em grupos ou mesmo de tornarem-se populares incita esse tipo de prática. A OMS determina que, álcool e outras drogas, ilícitas ou não, como cigarro e maconha, são deletérias à saúde física e mental. Dessa forma, são evidentes os riscos derivados de seu consumo entre os adolescentes brasileiros.     Quincas Borba, em umas das obras machadianas, explica ao amigo Brás Cubas o pensamento determinista. Nele, evidencia que o homem é produto de seu meio, o qual exerce pressão social sobre os indivíduos. O álcool e outras drogas estão presentes na realidade dos jovens do Brasil e esse consumo se dá, na maioria das vezes, para aceitação social e aumento do ego. A falta de maturidade dos jovens impede-os de compreender que essa não é a maneira adequada de inserção. A facilidade ao acesso, visto que muitos locais vendem bebida e cigarro para menores também faz o consumo crescer. Em O Cortiço, de Aluísio de Azevedo, a menina Pombinha, que era casta e de grande inocência, conhece uma prostituta alcoólatra que convive no mesmo meio e passa a beber também, comprovando que o ambiente dos jovens os compelem ao uso das substâncias em voga. Como potencial influente, também pode-se citar a mídia. Diversos estilos musicais e, normalmente, os “hits” fazem apologia a cigarros e bebidas. Dessa forma, para serem parte do meio, tal como Pombinha, inicia-se e aumenta o consumo.     Os riscos e consequências desse consumo aumentado são preocupantes. Em função dos jovens estarem em período de formação, o organismo é mais suscetível aos danos dessas drogas. O álcool ao ser ingerido é metabolizado em um componente tóxico no fígado – formaldeído --, o qual causa inflamação e ao longo prazo pode causar perda de função do órgão. Substância inaladas, como maconha e cigarro, além dos diversos efeitos no corpo todo, alteram o tecido das vias respiratórias, tornando-as mais sensíveis e propícias a infecções, bem como obstruí os alvéolos. Outro fator importante a ser considerado são as alterações neurológicas na área do prazer, a qual quando alterada torna os usuários dependentes da substância, prejudicando o autocontrole e fazendo-os a buscar mais da droga, o que causará mais danos ao corpo e dependência .     Por conseguinte, é preciso que o Ministério da Saúde, em parceria com escolas e mídia, divulguem informações em palestras escolares e propagandas televisivas alertando sobre os malefícios aos quais esse caminho leva. Assim, a necessidade do uso de drogas diminuiria, bem como seria diminuído o determinismo social vigente, citado por Quincas Borba, além de evitar seus resultados negativos.