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Enviada em: 04/10/2017

No Brasil, o aumento de substâncias psicoativas como bebidas alcoólicas e drogas tornou-se preocupante. Segundo o IBGE, mais da metade dos jovens já utilizaram algum tipo de entorpecente. Nesse contexto, é importante considerar que a indústria cultural, a qual é responsável por induzir um comportamento social através de produções artísticas, e a mentalidade hedonista, que prioriza a realização dos desejos supérfluos, são causas que contribuem para esse quadro o qual desencadeia efeitos nocivos para a coletividade.   Na sociedade contemporânea muitas músicas, seriados e filmes que são produzidos, principalmente, para o público juvenil fazem apologia a alguma substância química prejudicial. Isso pode ser observado, pois segundo estudos realizados pela Universidade Federal do Paraná, 85% das músicas sertanejas abordam o uso do álcool sem ressaltar as consequências negativas. Ademais, existem seriados como, por exemplo, "Breaking Bad" que pode incitar a curiosidade do público alvo. Desse modo, essas influências refletem um costume social e ajudam a naturalizá-lo. Logo, os riscos à saúde, tais como: doenças psiquiátricas, degeneração de neurônios e outras complicações, as quais as pessoas submetem-se ao utilizarem esses compostos, tornam-se secundários.    Além disso, convém salientar que muitos indivíduos buscam o prazer desenfreadamente e as consequências tornam-se irrelevantes. Todavia, como afirmado por Epicuro, muitos prazeres trazem consigo maior número de males, e a utilização de substâncias alucinógenas enquadra nessa realidade. Isso ocorre pois, além de gerar disfunções fisiológicas, o uso de drogas e bebidas alcoólicas está relacionado com outros problemas sociais, por exemplo, acidentes no trânsito, violência urbana, desestruturação de famílias. Nessa perspectiva, é notável que os indivíduos viciados causam desordem na sociedade.   Dessa forma, portanto, percebe-se que o desenvolvimento saudável da população de jovens tem sido negligenciado. Logo, programas similares ao PROERD (programa educacional de resistências às drogas) poderia ser criado pelo Governo Federal para ser implantado no ensino médio e universidades. Outrossim, o Ministério da saúde deve criar o mês do combate às drogas e bebidas alcoólicas, nesse período aumentaria a divulgação dos malefícios causados por essas substâncias e incentivaria os dependentes a procurarem programas de reabilitação. Sendo assim, o número de jovens que tem chance de ficarem dependentes poderá diminuir.