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Enviada em: 30/10/2017

Tanto a produção quanto o consumo de álcool foram extremamente importantes para o desenvolvimento do sistema colonial da Era Moderna, sobretudo no comércio triangular das colônias americanas, cujo rum produzido era destinado ao escambo de escravos, no continente africano. Todavia, a influência do álcool, atualmente, passa a ter outras consequências, principalmente entre os jovens. Nesse sentido, a problemática do consumo de drogas por tal grupo é fundamentada tanto na glamourização propagandística quanto na mentalidade inexperiente dos mesmos.  É indubitável o fato de o bombardeamento de propagandas envolvendo o consumo de álcool associado a situações desejosas atuar como impulsionador de sua familiarização e aceitação. De acordo com Janine Ribeiro, na obra "O Afeto Autoritário", é defendida a pluralização do conhecimento como saída de alienações. Assim, os adolescentes, cuja atenção dada à mídia televisiva é colossal, acabam por não diversificar e questionar as informações recebidas, e são continuamente alienados a uma perpétua apreciação dessa droga lícita, sendo imprescindíveis mudanças nessa área publicitária.    Outrossim, é comum entre a população pubescente a busca por prazeres, quase que de modo hedonista, tendo em vista a curiosidade e inexperiência que marcam esse estágio de desenvolvimento humano. Todavia, esse senso de descoberta, quando associado à utilização de substâncias psicotrópicas, como o álcool, pode promover a escalada para drogas mais impactantes e perigosas, aumentado o nível de danos ao próprio organismo do usuário e evidenciando a necessidade de uma conscientização coletiva sobre as consequências desse processo por parte do Estado.  Depreende-se, portanto, que o álcool entre jovens está relacionada à intensa atividade propagandística da mídia televisiva, e que seu consumo atua como introdutor de outros tipos de drogas mais potentes. Sendo assim, cabe ao CONAR a criação de restrições que evidenciem os riscos à saúde envolvidos na ingestão de bebidas alcoólicas em propagandas, a fim de diminuir seu consumo, não só entre os adolescentes. Ademais, também cabe ao Governo Federal a aprovação de projetos de lei que adicionem imagens e mensagens explícitas acerca dos malefícios do álcool nas embalagens de bebidas que o contenham, de modo a desestimular a comercialização e produção de tais produtos. Além disso, é dever das famílias o diálogo para com os filhos a respeito de tal substância, proibindo a utilização de quaisquer drogas, evitando futura adicção. Espera-se com isso a atenuação da triste realidade que paira sobre os adolescentes brasileiros.