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Enviada em: 31/10/2017

Tumba              Os eslavos criaram um perigoso jogo da vida, no qual um revólver com apenas uma munição decide quem irá viver ou morrer. Hoje, os jovens se arriscam em outra roleta, a do uso de substâncias ilícitas e lícitas. Assim, os riscos do aumento do consumo de álcool e de outras drogas entre os jovens no Brasil é uma questão de saúde pública. Diante disso, o Estado procura por novos meios de combater o aumento do consumo de substâncias no país, enquanto a sociedade posterga a seriedade dos efeitos nocivos dos tóxicos legais ou não.                 A priori, o acesso aos entorpecentes está cada vez mais fácil, tanto em virtude da má proteção das fronteiras brasileiras, quanto à ineficiência do Estado à fiscalização das substâncias. Somado a isso, o brasileiro trata com desdém o efeito negativo das drogas lícitas ou não, embora possua o acesso às informações das agressões que as mesmas fazem ao corpo. Por conseguinte, segundo o IBGE, o número de jovens que já usaram bebidas alcoólicas é de 55% em 2015 e com tendência a aumentar nos próximos anos.               Nesse mesmo viés, os vícios adquiridos na juventude acarretam problemas na fase adulta e, consequentemente, em decorrência dos abusos das substâncias, os óbitos relacionados a elas são frequentes. Não obstante, o Estado não consegue efetivar as medidas combativas contra o crime organizado para a obtenção dos entorpecentes. Ainda assim, mesmo com a repetição maciça nos meios sociais quanto aos riscos das drogas, a porcentagem dos que evitam o excesso do consumo não diminui.                  Desse modo, a população se arrisca em uma roleta sem voltas, tanto para o individuo, quanto para a comunidade. Por isso, as mídias televisivas, com aporte do erário, podem por meio de peças publicitárias mostrarem os perigos do abuso às substâncias tóxicas, expondo as consequências disso para a população. Dessa forma, o Estado deve fortalecer as fronteiras com mais investimentos em investigação da polícia federal para interceptar a entrada ilegal e fechar as rotas de drogas. Além disso, ele também deve implementar no ensino de base matérias sobre educação em saúde para compreender os riscos dos abusos de substâncias. Ademais, a sociedade precisa entender que ela é parte ativa no processo de disseminação dos entorpecentes e que a partir dela também deve vir à iniciativa ao combate deles. Por fim, o filósofo Aristóteles diz que a virtude é o ápice entre dois excessos, assim, cabe ao jovem buscar o equilíbrio entre prazer e responsabilidade para que não venha perecer em uma Tumba.