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Enviada em: 07/10/2017

Não são poucos os fatores envolvidos na discussão acerca da ingestão de drogas pelos jovens brasileiros. De acordo com a OMS, quanto menor a idade de início do contato com tais substâncias, maiores são as chances de se tornar dependente ao longo da vida. Logo, entender os aspectos que levam a esse cenário é essencial no combate ao consumo precoce.    À princípio, é importante analisar a permissividade da população em relação à ingestão de álcool. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, cerca de 40% dos jovens entre 12 e 13 anos experimentaram pela primeira vez dentro de casa. Nesse sentido, observa-se que por ser liberado, não há tanta restrição pelos familiares, o que facilita o acesso. Com isso, há também o aumento do consumo de drogas ilícitas, visto que a vulnerabilidade do adolescente é aflorada pelos efeitos da bebida alcoólica.    Outrossim, é válido enfatizar que essa permissividade acarreta efeitos nocivos nos mais novos. Ansiedade, necessidade de aceitação, fuga da realidade são alguns dos fatores que podem levar o jovem a consumir álcool e drogas. Contudo, o adolescente ainda está em desenvolvimento e pode desenvolver sequelas neuroquímicas, emocionais e prejudicar o rendimento escolar. Além disso, tendem a apresentar comportamento de risco, como relações sexuais desprotegidas, o que pode levar à gravidez precoce e à exposição de doenças sexualmente transmissíveis.    Torna-se evidente, portanto, que são necessárias mudanças a fim de proteger os jovens do perigo associado à ingestão de álcool e drogas. Cabe à escola o desenvolvimento de palestras e debates, com a inclusão da família, de forma a alerta-lá sobre os riscos dessa prática. Além disso, é fundamental que o Ministério da Saúde em conjunto com a mídia intervenham através de campanhas publicitárias que atinjam os novos, sobretudo, com o uso das redes sociais. É necessário, ainda, que o Poder Judiciário aumente a fiscalização da lei que proíbe a venda de bebida alcoólica para menores em todo o território nacional. Assim, gradativamente, o consumo será menor e a juventude será preservada.