Materiais:
Enviada em: 09/10/2017

As bebidas alcoólicas pertencem ao grupo de drogas lícitas mais consumidas no Brasil. Esse cenário se torna cada vez mais presente pelo fácil acesso e pelo marketing que associa o álcool a prazer, sucesso, beleza e poder. Nesse contexto, pode-se observar que o aumento de seu uso abusivo entre os jovens traz consequências irreparáveis.        A princípio, vale destacar que, segundo Durkheim, o homem é o resultado das pressões sociais que ele sofre. Tal conjuntura pode ser verificada, principalmente, pelas muitas festas regadas a qualquer tipo de bebida alcoólica, nas quais se divertir e de se embebedar parecem sinônimos. Diante disso, afirma-se que a influência de familiares e de amigos configura-se como decisiva, uma vez que, para o indivíduo em seu grupo, não ser seguir esse padrão o torna chato e desinteressante, comprometendo as amizades que este possui.        Outrossim, ressalta-se que, além das consequências neuroquímicas, emocionais, perda de memória e queda no rendimento escolar, o custo social para esse abuso é elevado. Lamentavelmente, os adolescentes ficam mais expostos a situações de violências sexual, de acidentes de trânsito e de sexo sem proteção, que pode levar à gravidez precoce e à exposição a doenças sexualmente transmissíveis, de acordo com o Cisa (Centro de Informação sobre Saúde e Álcool). Dentro dessa lógica, nota-se o uso excessivo de álcool se tornou, também, um problema de saúde pública.        Por fim, o combate ao avanço do alcoolismo juvenil deve tornar-se efetivo. Para isso, o Ministério da Saúde deve promover campanhas, veiculadas nas mídias, que expliquem as graves consequências da exposição a volumes grandes de bebidas alcoólicas em tão tenra idade. Além disso, é preciso que Organizações Não Governamentais façam atendimentos psicológicos em adolescentes, por intermédio de programas em escolas. Ademais, as famílias devem fomentar diálogos sem julgamentos e o estabelecimento de limites, por meio de mostrar as consequências reais e os danos a curto e longo prazo do uso precoce do álcool, a fim de reduzir as chances de tragédias e do vício nessa droga. Como já dizia Paulo Freire, "mudar é difícil, mas é possível".