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Enviada em: 10/10/2017

O álcool está presente na história da humanidade há milênios. A popularidade da bebida é tão grande, que sua presença é perceptível até mesmo dentre as religiões, seja na pessoa do Deus romano Baco ou no milagre de Cristo, que converteu água em vinho. Apesar do uso popular, seu consumo inconsequente traz danos aos indivíduos e a sociedade, sobretudo quanto à sua utilização entre os jovens, o que tem se tornado preocupante no Brasil, dado seu crescimento nos últimos anos. Esse consumo precoce de bebidas alcoólicas traz problemas não só físicos e psíquicos, como também sociais e econômicos.       Estudos na área da biologia e da psiquiatria demonstram que até atingir a fase adulta, o corpo humano passa por estágios de formação, tanto física como mental. O álcool, por sua vez, é uma substância tóxica e sua ingestão de forma desequilibrada pode acarretar danos à saúde do indivíduo, sobretudo enquanto este ainda está em processo de formação, o que ocorre na infância e juventude. Nesse sentido, verifica-se a ocorrência de problemas de saúde que podem comprometer órgãos como rins e fígado ou ainda de ordem psíquica, afetando as células cerebrais ou até mesmo gerando dependência química.        Ademais, esses estão longe de serem os únicos problemas do uso de entorpecentes pelos jovens. Atribui-se a John Lennon a frase: "as drogas me deram asas para voar, depois me tiraram o céu". Nesse sentido, a busca do jovem por uma satisfação pessoal ou por uma questão de sociabilidade pode lhe custar caro. Tem-se que o consumo precoce de álcool e de outras drogas acabam por prejudicar a formação pessoal dos indivíduos, podendo levar ao atraso em suas etapas educionais ou até mesmo a evasão escolar. Por conseguinte, tais acontecimentos podem gerar um efeito cascata. A formação educacional inadequada dificulta sua empregabilidade do mercado de trabalho, que, por sua vez, abre espaço para a marginalização.       Diante disso, percebe-se que o crescente consumo de substâncias entorpecentes entre os jovens brasileiros é algo preocupante na sociedade contemporânea. Faz-se necessário, portanto, que o Ministério da Saúde, através da mídia, bem como em parceira com as escolas realizem campanhas alertando sobre as consequências do consumo de álcool e outras drogas, no sentido de buscar a conscientização e prevenção ao uso dessas substâncias. De outra maneira, entidades não governamentais como igrejas e associações relacionadas à recuperação e ressocialização de dependentes químicos podem atuar no sentido de reinserir jovens, que tiveram esse tipo de problema, novamente na família, na escola ou no mercado de trabalho, de modo a evitar sua marginalização.