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Enviada em: 12/10/2017

Com a eclosão da Revolução Industrial, a produção de bebidas intensificou-se e, atrelada a ela, a venda. No Brasil, a ingestão de álcool é tida como algo cultural, visto que a maior diversão do brasileiro é “ir para o bar”. Dessa forma, evidencia-se a Banalização do Mal, proposta pela socióloga Hanna Arendt, onde algo é tão normal que se torna banalizado. No entanto, não deixa de ser um problema e, a cada dia,  adolescentes vêm aprendendo a ver não só a bebida, mas também outras drogas, como algo natural e essencial em suas vidas, o que provoca drástica consequências.       Nesse cenário, é válido observar que a formação do caráter e da identidade do sujeito social se acentua na adolescência e que esta, na maioria das vezes, é uma fase de conflito pessoal. Portanto, o indivíduo busca alternativas para fugir dos problemas e da realidade que os cerca, encontrando no álcool e nas drogas, a distração e a felicidade que procuram. Outrossim, muitos entram nesse mundo apenas pelo status, na tentativa de “aproveitar a vida” nos moldes da sociedade ou fazer parte de um determinado grupo de amigos, já que as próprias músicas brasileiras mostram o álcool e as drogas como sinônimos de ostentação, inclusão, distração e curtição.        Ainda convém lembrar que, de acordo com o Determinismo de Taine, o indivíduo é fruto do meio em que vive, por conseguinte, o costume dos pais em ingerir álcool ou fumar e deixarem os filhos experimentarem, torna-se uma liberação. Além disso, a falta de fiscalização torna fácil o acesso a tais produtos, já que a maioria dos estabelecimentos vendem bebidas alcoólicas, ilegalmente, para menores de idade e nas festinhas estudantis as drogas são comercializadas livremente entre os adolescentes.        Outro fator existente são as consequências, que vão desde a diminuição do rendimentos escolar, até ao vício e ao desenvolvimento de doenças sérias, como o câncer, a cirrose e problemas de coração e pulmão. Ademais, o filósofo Nietzsche ao evidenciar a existência da vida apolínica, guida pela ordem, e da dionisíaca, voltada para desordem e emoção, deixa claro que ambas devem estar em equilíbrio para que uma não supere a outra e vice-versa, pois só encontrando um meio-termo, pode-se viver bem.       Sendo assim, as escolas podem auxiliar na formação dos alunos, ensinando-os a entender os conflitos da mente e como combatê-los de forma saudável, através de projetos pedagógicos. Em adição, a polícia militar deve garantir a eficácia da lei que proíbe a venda de bebidas alcoólicas para menores de idade e, ainda, impedir a comercialização de drogas em festas estudantis, por meio da vigilância e fiscalização. Por último, a mídia pode transmitir as consequências de tais produtos para a saúde para incentivar os pais a vigiarem os filhos ao invés de incentivá-los. Isso pode ser feito através de propagandas e documentários. Só assim os problemas começarão a serem solucionados.