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Enviada em: 17/10/2017

Na série "The night of", Naz é um jovem que acorda em uma manhã sem conseguir se lembrar da noite anterior, na qual ele fez uso de drogas desconhecidas em uma festa que ocasionaram a sua perda de memória. Em paralelo a isso, é comum que os jovens brasileiros, inclusive menores de idade, consumam bebidas alcoólicas e até drogas ilícitas, mesmo sendo proibido por lei. Esse consumo precoce, incentivado por pressões externas e pela dificuldade no controle pelos pais, pode ser prejudicial tanto à saúde desses indivíduos quanto às pessoas a sua volta e deve ser controlado.     Primeiramente, é válido reconhecer a influência de grupos no comportamento dessa faixa etária. Segundo o filósofo John Locke, o ser humano, ao nascer, é como uma folha de papel em branco que será escrita ao longo da vida. Nesse sentido, as influências as quais crianças e adolescentes são submetidos podem influenciar diretamente em suas personalidades. Por isso, é comum que jovens, por pressão de seu grupo de amigos ou até pela ausência de um responsável capaz de educá-lo, experimentem bebidas alcoólicas precocemente. Como consequência, além dos problemas de saúde, é possível que elas abram espaço para o consumo de outras drogas ainda mais prejudiciais.       Outrossim, deve-se ressaltar outros riscos desse comportamento. Nos Estados Unidos e em grande parte da Europa a maioridade, bem como a idade permitida para ingerir álcool, é estabelecida aos 21 anos. Em contrapartida, é comum o descumprimento dessa lei, como retratado em filmes hollywoodianos voltados ao público adolescente, mas que mostram a naturalidade desse consumo precoce no século XXI. No Brasil, país onde o sistema judicial ainda apresenta entraves, a situação não é diferente e, como efeito, a bebida alcoólica é responsável por 21% dos acidentes de trânsito, segundo dados do Ministério da Saúde. Desse modo, até mesmo pessoas que não fazem uso dessas substâncias podem estar submetidas aos riscos proporcionados por elas.      Fica claro, portanto, ser necessário controlar de forma mais eficaz o aumento do consumo de drogas lícitas e ilícitas entre jovens. Para isso, é importante que o Ministério da Educação, em parceria com ONGs, possam promover a educação desse público, bem como seus pais e responsáveis, a partir de palestras em escolas, atendimentos psicossociais em espaços públicos e campanhas publicitárias veiculadas pela mídia, a fim de promover uma mudança comportamental capaz prevenir os efeitos negativos desse comportamento, como a dependência química e os acidentes de trânsito. Somado a isso, a Secretaria de Segurança Pública deve intensificar a fiscalização de vendas ilegais de bebidas à menores de 18 anos e garantir o cumprimento efetivo da Lei Seca, por meio do aumento de rondas policiais. Dessa forma, é possível evitar situações semelhantes à do jovem Naz.