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Enviada em: 20/10/2017

O aumento do comportamento de risco entre os jovens brasileiros é uma das maiores preocupações de nossa sociedade. Boa parte dessa preocupação está relacionada com o que constatou o IBGE em uma pesquisa recente: o uso de drogas e álcool entre os adolescentes no país aumentou. Obviamente, a facilidade de acesso, combinada com ausência de políticas públicas, e a falta de diálogo com a família favorecem o agravamento do quadro. Dessa forma, um maior diálogo entre sociedade e governo parecem se tornar cada vez mais urgente para combater essa problemática.          Em primeiro lugar, é preciso deixar claro que, apesar de o Brasil possuir diversas leis que protegem crianças e adolescentes contra o álcool e as drogas, na prática, os efeitos desses regulamentos tem sido quase nulos, pois falta o mais importante: a fiscalização pelo poder público e políticas integradoras que ocupem os jovens com atividades positivas. Nessa perspectiva, com a falta de estímulo a atividades recreativas, e a facilidade de acesso ao álcool e às drogas, pode-se dizer que as estatísticas levantadas pelo IBGE são até previsíveis.          Outro ponto importante a ressaltar é a falência da educação recebida em casa. Os pais estão cada vez mais desacreditados, pois os filhos têm deixado de lado conselhos e princípios de berço e cedido às pressões de “amigos”, muitas vezes, identificados como más companhias pelos pais. Mas isso, de certo modo, é explicável pela necessidade que o jovem tem de se sentir incluído socialmente, assim, estão mais propensos a cederem às pressões dos amigos em vez de escutarem seus pais.          É necessário, portanto, que governo e família ajam rapidamente para mudar esse quadro. Em primeiro plano, para diminuir o acesso ao álcool, o governo deve fortalecer a fiscalização de bares e restaurantes e promover campanhas para advertir os comerciantes sobre as penalidades imputadas a quem vende bebidas a menores de idade. Ao mesmo tempo, para fornecer uma alternativa à ociosidade, o Ministério do Esporte deve promover, junto aos jovens, um grande programa nacional para ocupar quadras de esportes de escolas e faculdades, fornecendo material esportivo e professores de educação física para a realização de atividades esportivas. Além disso, os pais devem promover um maior diálogo com seus filhos e procurar participar da vida social deles, pois, só assim, resgatarão seu protagonismo e terão maior poder de influência do que as más companhias.