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Enviada em: 25/10/2017

Em um contexto global caracterizado pela facilidade de acesso ao conteúdo, fator intensificado pelos avanços tecnológicos, é notória a divergência entre o desenvolvimento do jovem atual e das gerações anteriores, nos âmbitos morais e intelectuais. Por conseguinte, comportamentos tipicamente determinados como adultos acometem cada vez mais jovens e adolescentes, como o uso de psicotrópicos e o consumo de álcool em idade escolar. Indubitavelmente, essa questão constitui um impasse social, uma vez que causa danos ao cidadão, aos seus familiares e ao Estado.        À vista disso, sendo o uso do álcool e de entorpecentes um aspecto multidimensional, outros transtornos médicos e psicológicos podem ser associados ao problema. Pode-se citar, por exemplo, o crescente diagnóstico de casos de depressão, de hiperatividade e até mesmo de suicídios entre os jovens, fatores que podem ser intensificados pelo uso dessas substâncias. Todavia, a complexa identificação dessas psicopatologias, juntamente com a ausência do apoio familiar do indivíduo, contribuem para a banalização desses atos entre os adolescentes, cuja utilização corrobora para vulnerabilidade advinda do período de transição entre a infância e a idade adulta. Ademais, o contato precoce com alucinógenos, facilita o prognóstico de doenças cujos prejuízos são crônicos e muitas vezes irreversíveis, como a dependência psicológica ou até mesmo a hepatite.         De maneira análoga, os gastos governamentais com jovens que atingiram um grau elevado de submissão ao alcoolismo e ao uso de drogas é crescente. Essa condição mostra-se maléfica também à evolução do país, haja vista o grande contingente de jovens que possuem seu desenvolvimento prejudicado, diminuindo então o interesse pelo aprendizado, bem como aumentando os casos de evasão escolar. Nesse contexto, a intervenção familiar e uma saudável ligação com os pais contribuem para a prevenção do problema, uma vez que crianças criadas em um ambiente no qual as regras são claras por meio do diálogo, possuem menores propensões ao desequilíbrio.          Em suma, faz-se necessária a criação de grupos de tratamento oferecidos em ambientes mais próximos da realidade do jovem, como nas escolas. Cabe aos Governos Estaduais, em parceria com instituições universitárias, a disponibilização de profissionais capacitados, como psicólogos, médicos e pedagogos, para uma atuação na criação de grupos de ajuda e de conscientização ao combate às drogas. Em última análise, a mídia pode operar como uma aliada aos familiares dos alunos, atuando na criação de artigos informativos e retratando uma realidade na qual não é cedo demais para se dialogar sobre o assunto.