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Enviada em: 03/11/2017

A história antiga revela que  há milhares de anos muitos povos já produziam e consumiam bebidas que continham álcool etílico. Além disso, os índios andinos, há séculos, mascam as folhas da coca, de onde se extrai a cocaína. Desse modo, percebe-se que o uso de drogas é historicamente remoto, contudo, nos últimos anos, vem-se intensificando e atingindo proporções epidêmicas, em especial, entre o jovens. Isso ocorre, uma vez que, a mídia aliena o jovem, e esse, que na maioria, não recebe orientação sobre o assunto, obtém como verdade o que é dito nas propagandas. Tais fatos, refletem em sequelas na saúde e no âmbito social da vida do adolescente.             À vista, infere-se o consumo de drogas é influenciado pela mídia, através de propagandas em que faz-se a associação do álcool com a alegria, a popularidade e a conquista de paquera, que são objetivos almejados pela juventude. Tal perspectiva é captada por esse público, que vai em busca de realizá-la. Entretanto, os perigos sobre o uso excessivo de drogas não é alertado, já que, assim sendo, diminuiria a venda. De fato, quando o lucro é o objetivo principal, as virtudes sociais inexistem, segundo o sociólogo Karl Marx. Dessa maneira, os efeitos da droga no Sistema Nervoso, comprometendo as funções cognitivas, como também, o funcionamento hepático e renal, passam a ser informações desnecessárias nas propagandas.            Ademais, é notório destacar também que a falta de esclarecimento sobre esse assunto nas escolas causa um grande impacto social nos adolescentes. A valer, o indivíduo que detém escasso conhecimento sobre os riscos do uso desses alucinógenos, é mais vulnerável a prática, e em consequência, a cometer atos imprudentes. O filme "Kids" retrata essa fragilidade do jovem ao consumir drogas, tornando-se sucessível a prática de sexo desprotegido ou não consensual, envolvimentos em brigas e em acidentes de trânsito.                 Compelem, portanto, ações múltiplas entre o Estatuto da Criança e do Adolescente e o MEC, a fito de atenuar os impasses supracitados. Para tal, o cabe ao Estatuto agir juntamente com o Conar, a fim de exigir a proibição de propagandas que façam apologias que possam induzir o jovem ao consumo de drogas, além de ser necessário o alerta sobre os efeitos do uso excessivo dentro da propaganda, para que, assim, seja garantida a proteção do jovem. Outrossim, é encargo do MEC adicionar na grade curricular escolar a obrigatoriedade do debate sobre as sequelas do uso de drogas, e a orientação aos estudantes sobre como evitar adentrar nesse universo.