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Enviada em: 01/11/2017

"O homem nasce bom, mas a sociedade o corrompe." A frase do filósofo suíço Rousseau se reflete no cenário no qual o Brasil está inserido, visto que a maioria das crianças e dos jovens acabam experimentando drogas por influência de parentes ou amigos. O consumo indiscriminado de drogas - lícitas ou ilícitas - causam dependência, que corrobora para o aumento da violência e do medo no mundo, principalmente entre as camadas menos abastadas da população.       Primeiramente, cabe ressaltar a questão dos vícios relacionados ao consumo de drogas no país. Por serem consideradas como "saída para os problemas", drogas como bebidas alcoólicas e cigarros são amplamente utilizados por menores desinformados sobre os riscos atrelados à dependência. Com isso, apesar de a venda e consumo por menores ser proibida por lei Federal, são observados constantemente em locais públicos como bares e festas, aumentando ainda mais o sentimento de impunidade.       Outrossim, a ausência de tratamento adequado e os tabus impostos pela sociedade dificultam a erradicação do problema. Dezenas de projetos governamentais esperam iniciativas por parte dos órgãos responsáveis, reduzindo-se à discursos eleitorais que pouco resolvem o empasse nas cidades. O ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente - prevê medidas socioeducativas como palestras nas escolas e campanhas midiáticas, no entanto não abrangem a grande maioria da população.       Faz-se evidente, portanto, a urgência de alteração deste cenário a fim de mitigar o problema das drogas no país. Nesse sentido, cabe ao ministério público juntamente com o SUS, destinar verbas para a construção de centros de tratamento para usuários em todos os municípios, com o intuito de ampliar o atendimento e humanizar a recuperação. Bem como difundir campanhas com o apoio da mídia a fim de conscientizar a população. Deste modo, poderemos aos poucos mudar a visão de Rousseau e construir um futuro menos utópico.