Materiais:
Enviada em: 16/02/2018

O mundo de Alasca       Em seus estudos, Weber defende que os processos e fenômenos sociais são dinâmicos, e que, por isso, necessitam de interpretações para que se entenda seus sentidos. Sob tal ótica, os desafios enfrentados pela sociedade no combate ao consumo de cigarros e álcool por jovens exigem uma discussão mais ampla, visto que é paradoxal que mesmo em uma sociedade regida por leis e regras, ainda aconteçam práticas de negligência nesse cenário.       Criador do livro "Quem é você, Alasca?", John Green trouxe à literatura a personagem Alasca: uma jovem que frequentemente estava em contato com álcool e com o fumo, morrendo em um acidente de carro como resultado, principalmente, do álcool. Fora dos livros, tais problemas são uma realidade no Brasil, haja vista que o número de adolescentes que já experimentaram bebidas alcoólicas aumentou, segundo o IBGE.       Nesse sentido, é indubitável que a família, enquanto instituição social de primeiro contato com o indivíduo, tem o papel de orientar o jovem quanto ao consumo prematuro de álcool e de outras drogas, uma vez que tais substâncias não só podem causar prejuízos à saúde e ao desenvolvimento do adolescente, como também podem influenciar para o consumo de outras drogas como, por exemplo, o cigarro e a cocaína.       Entretanto, o que se percebe nos dias atuais é uma verdadeira naturalização do consumo de álcool e cigarro por crianças e adolescentes, haja  vista que até mesmo membros da própria família permitem e incentivam os filhos a consumirem tais substâncias. Episódio esse que contribui ainda mais para o aumento das taxas de jovens que consomem bebidas alcoólicas, conforme comprovado pela pesquisa realizada pelo IBGE, em que tal aumento se deu numa taxa de 4% de 2012 a 2015.       Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Segundo Kant: "O ser humano é aquilo que a educação faz dele." Dessa forma, o Ministério da Educação, junto com professores, poderia organizar palestras, nas escolas, para os alunos a fim de educá-los sobre os riscos do consumo prematuro de álcool e cigarro por jovens. Por fim, o Governo Municipal deveria disponibilizar mais profissionais para fiscalizar a venda de bebidas alcoólicas e de cigarro a menores de 18 anos, com o fito de aplicar sanções àqueles que desrespeitarem tal fiscalização. Talvez assim, o mundo de Alasca, em que milhares de jovens são prejudicados por causa do álcool e cigarro não seja mais uma realidade no Brasil.