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Enviada em: 26/03/2018

No Brasil, nos últimos 30 anos, de modo especial no âmbito da juventude, o consumo de entorpecentes tem crescido bastante, principalmente nas grandes metrópoles. Essa realidade independe de classe social , desestrutura famílias, interfere na estabilidade de diversas relações sociais e sobretudo atrasa o progresso do país. Nesse contexto, faz-se necessário analisar as causas e os riscos provocados por esse prejudicial aumento do consumo de álcool e de outras drogas entre os jovens no Brasil.          Em primeiro lugar, percebe-se que o consumo de drogas atua, hoje, como um fato social. Isso porque, a influência dos amigos e a supervalorização das bebidas alcoólicas e outras drogas, propiciada pelos próprios jovens e pela mídia, exercem uma coerção sobre os adolescentes que se sentem pressionados e iniciam o uso de tais tóxicos cada vez mais cedo. Isso, somado a falta de orientação por parte da escola e da família, faz com que o jovem coloque-se em risco de perda de rendimento estudantil, de abandono escolar, e até de dependência química, o que acaba por potencialmente arruinar o seu futuro.             Além disso, a busca por prazer, muito comum entre os jovens, é uma das principais causas para a ingestão de narcóticos. Nesse sentido, devido ao fato de a adolescência ser marcada por construção de personalidade, descobrimento de mundo, fragilidade emocional e conflitos que, para o jovem, parecem insuperáveis, esse vê nas drogas uma forma de fuga da realidade. Por conseguinte, ao utilizar drogas para camuflar seus problemas o jovem fica mais suscetível a engravidar precocemente, a contrair DSTs, e a se envolver em homicídios e acidentes fatais. Prova disso, são os dados da Sociedade Brasileira de Pediatria, que afirmam que acidentes automobilísticos associados ao álcool são a principal causa de morte entre jovens de 16 a 20 anos.         Torna-se evidente, portanto, que o uso de álcool e outras drogas na juventude gera diversos malefícios e medidas são necessárias para mitigar essa questão. É dever do Estado trabalhar a prevenção do uso desses entorpecentes desde a infância, para isso deve, por meio do MEC, distribuir  nas escolas cartilhas e kits educativos com informações a respeito do tema, além de promover debates e palestras com professores, pedagogos e psicólogos que tratem sobre os prejuízos do uso de tóxicos e exponham dados e estatísticas sobre o assunto; isso com o intuito de formar cidadãos mais conscientes. Ademais, a mídia deve assumir seu papel como formadora de opinião e restringir a exibição de cenas que façam apologia ao uso de drogas. Tudo isso, para que a juventude brasileira seja realmente assistida e o país possa progredir.