Materiais:
Enviada em: 13/04/2018

É sabido que ao longo dos séculos o Egito antigo comercializou e consumiu cerveja - produto da fermentação alcoólica da cevada - e que os povos asiáticos fizeram o mesmo com opioides e canabinoides.Contudo, no mundo atual, alguns desses composto são proibidos embora seam largamente consumidos. No Brasil tal cenários não é diferente, todavia há agravantes, o uso crescente dessas substâncias pelos jovens, devido ao fácil acesso e uma branda regulação da propaganda e publicidade, além da dificuldade em desestimular o consumo entre esses.        A priori, é possível afirmar que a 2ª Rev. Industrial agiu como marco na sociedade, a produção em larga escala desencadeou um frenesi de consumo evidenciado pelo slogan "American way of life". Dessa forma, à luz do séc. XVIII, o Brasil se encontra imerso ao consumo, sobretudo do álcool, o que preocupa visto que não se filtra eficazmente o público alvo, como na propaganda da cerveja brahma em que o pai ensina ao filho o que é ser "brahmeiro", ou seja a legislação continua permissiva e isso pode ocasionar uma entrada precoce do jovem na utilização do álcool.       A posteriori, devido à publicidade massiva o acesso às drogas se tornou extremamente fácil, o álcool é vendido até mesmo em postos e gasolina e as drogas ilícitas são distribuídas amplamente por meio de compras pela internet. Nesse sentido, T. Adorno analisa a sociedade de consumo como reflexo de uma Indústria Cultural cujo mecanismo se baseia no controle da distribuição de informação é influenciada pelo detentores dos meios de produção, isto é, as empresas demonstram total liberdade a distribuir seus produtos mesmo que seja em detrimento de reforçar uma mazela social.       Em suma, é imperioso destacar a necessidade de controlar essas substâncias. Para isso cabe ao governo federal regular a propaganda e publicidade através do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (CONAR), de forma que se institua punições severas como multas e proibições de produzir propaganda às empresas que estimulam o consumo precoce de álcool. Ademais é imprescindível que congresso nacional altere a atual legislação de forma que restrinja o acesso aos jovens, propondo aumentar a idade mínima para consumo de bebidas alcoólicas e estabelecer locais específicos  de venda, semelhante aos "coffee's shops" na Holanda de forma que decresça os índices de consumo dessas drogas no Brasil.