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Enviada em: 18/04/2018

"O importante não é viver, mas viver bem". De acordo com Platão, a qualidade de vida é, muitas vezes, mais considerável que a própria existência. Entretanto, é evidente que os problemas acarretados pelos ricos do aumento do consumo de álcool e de drogas distanciam os jovens brasileiros de vivenciarem o pensamento do filósofo grego. Portanto, urge a necessidade de reconhecer e problematizar os gastos econômicos que os acidentes decorrentes de transtornos alcoólicos trazem aos cofres públicos do país. Do mesmo modo, tal consumo se revela presente no cotidiano juvenil, desempenhando ímpetos a esses indivíduos e desencadeando outras dependências químicas.    Em primeiro lugar, estima-se, segundo dados extraídos do site Jornal Estado de Minas, que o Brasil perde cerca de 7,3% do Produto Interno Bruto em decorrência de problemas relacionados ao etilismo. Dado isso, interpreta-se que sujeitos os quais, durante a adolescência, não sendo politizados quanto às consequências da dependência de drogas lícitas, tendem a fazer o uso indevido das mesmas e vir a ocasionar acidentes provocados pela embriaguez, obtendo como resultado tratamentos caros financiados pelos recursos públicos do Sistema Único de Saúde, efeito também da ausência de punições mais rígidas aos infratores.   Por outro lado, a pediatra e toxologista Anthony Wrong da USP garante que o álcool torna adolescentes submetidos a outras drogas. Sendo assim, é inadmissível a justificativa para a ingestão alcoólica na juventude brasileira sendo, muitas vezes, cercada pela substância em baladas, bares ou festas de formatura, onde a carência de diálogo fomenta os riscos que o acesso livre de menores de idade a esses drinques podem comprometer no que tange ao rendimento escolar, problemas de câncer e infarto, bem como psicológicos a esses indivíduos.     Face às considerações exploradas, cabe à Comissão de Assuntos Sociais a aprovação do projeto de lei que compreende o ressarcimento das despesas do SUS com o tratamento das vítimas de acidentes de veículos, mediante ao motorista embriagado arcar com os custos, objetivando a garantia dos valores monetários do país e do enrijecimento de normas aos infratores de trânsito. Para mais, do Ministério da Educação, em parceria com as escolas, espera-se palestras e a adoção da matéria de Prevenção às Drogas na grade curricular. Desse mesmo órgão, compete a realização de peças de teatro em espaços públicos que, em prol da gestão social, didatizem para toda a comunidade os riscos do consumo precoce de álcool. Ainda, compete ao Estado fornecer subsídios à mídia a fim que essa aborde em novelas as consequências desse mal, trazendo para o núcleo familiar a problemática abordada. Só assim será possível a construção de um país condizente com a premissa platônica.