Materiais:
Enviada em: 10/05/2017

Diante do crescente número de indivíduos brasileiros considerados sedentários, tornou-se inevitável discutir sobre o tema e suas consequências, não só para os cidadãos, mas também para a sociedade. Por se tratar de um problema silencioso, com efeitos em longo prazo, o sedentarismo não recebe a devida atenção das autoridades governamentais, embora a questão seja uma responsabilidade de saúde pública, situação que precisa ser urgentemente resolvida.   No século XXI, com a consolidação da globalização como intermediadora do sistema econômico, o acesso às tecnologias digitais proporcionou comodidade aos indivíduos. Com isso, vários benefícios foram propiciados para pessoas que, devido às atividades diárias de trabalho e família não possuem tempo ocioso, não só para realizar ocupações externas, mas também para praticar atividades físicas. Contudo, o comodismo não é o único motivo que faz do sedentarismo um indicador crescente na sociedade brasileira. A insuficiente atenção dada por órgãos públicos de saúde ao problema e as suas futuras conseqüências, assim como o pouco incentivo às práticas mais saudáveis, como caminhada, dança e musculação, são situações que colaboram com o baixo interesse dos cidadãos à prática de exercícios físicos.   Embora algumas ações tenham sido tomadas para evitar que o sedentarismo seja realidade na sociedade, como a projeção de academias comunitárias em praças e a criação de pistas exclusivas para caminhada em parques, o problema ainda persiste, o que demonstra que pouco se tem feito para mudar esse cenário. A pessoa de vida sedentária experimenta um processo de regressão estrutural e funcional, perda de flexibilidade articular e comprometimento do funcionamento de vários órgãos, aumentado, assim, a possibilidade de desenvolver várias doenças, sobretudo doenças cardiovasculares, fazendo do sedentarismo um grande problema de saúde pública.  Diante dos problemas supracitados, decorrentes do crescente número de cidadãos sedentários no Brasil, com o objetivo de atenuar o problema, é necessário que o Ministério da Saúde desenvolva ações que visem informar a população sobre os malefícios do sedentarismo, assim como invista em campanhas que estimule os indivíduos a se exercitarem. Além disso, é importante que as instituições educacionais trabalhem o tema com jovens e crianças, objetivando, assim, que as novas gerações sejam mais ativas em relação aos exercícios físicos. Somado a isso, é imprescindível, sobretudo, uma extrema mudança dos hábitos e do modo de vida do indivíduo. Somente assim, será possível minimizar os efeitos do sedentarismo e, futuramente, erradicar o problema da vida dos cidadãos