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Enviada em: 08/05/2017

O sedentarismo, que se define como o baixo consumo calórico semanal, por pessoa, tem se tornado um problema comum nas sociedades modernas, devido ao comodismo, causado pelas tecnologias, nas tarefas cotidianas, além dos ritmos de trabalho e tempo livre monótonos, que substituem as práticas de exercícios físicos e atividades que exijam movimento. É, também, um problema grave para a saúde pública, pois constitui um fator de risco para a eclosão de doenças crônicas e disfunções, mas que pode ser resolvido com o esforço conjunto da sociedade e do Estado, através de políticas e iniciativas públicas, que abordem desde crianças a idosos, e da inclusão da atividade física nas jornadas de trabalho e nos planos de saúde.        A situação da saúde coletiva no Brasil encontra no sedentarismo, que afeta 46% da população adulta, de acordo com dados de 2013, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, um fator agravante, e causa principal, de várias doenças, como diabetes, hipertensão, depressão, alto colesterol e problemas na coluna e hormonais, tornando-se vital o seu combate pelas iniciativas públicas de prevenção àquelas enfermidades. Os hábitos sedentários, como a insuficiente prática de atividades físicas, aliada às dietas alimentares desreguladas e ao consumo de álcool e outros entorpecentes, devem ser o alvo de elaboração de políticas públicas e estratégias de abordagem à população, em todas as faixas etárias, que estimulem a movimentação do corpo, como a construção de espaços públicos para atividades físicas, práticas de esportes coletivos, playgrounds e áreas de estar para idosos com a promoção, nestes locais, de ações públicas de saúde, esporte e lazer.       A insuficiência de gasto calórico por falta de movimento também pode ser causada pelas tecnologias desenvolvidas com vista a trazer comodidade, praticidade e rapidez às atividades cotidianas, laborais e de lazer. Aquelas retiram dos hábitos comuns o esforço e o movimento necessários ao corpo, tanto no ato de se deslocar, devido ao uso de automóveis, escadas rolantes e elevadores, como nas formas de entretenimento e funções trabalhistas, com o uso de aparelhos televisivos e portáteis, seja por adultos ou por jovens.        O Estado, portanto, através de resoluções e projetos, pode exigir que todas as empresas incluam horários determinados, dentro das jornadas de trabalho, para práticas de alongamento e outras atividades que estimulem a atividade dos músculos e demais órgãos do corpo. Além disto, pode-se tornar obrigatório a inclusão de acompanhamento médico, nutricional e de um orientador de educação física, para fins de encaminhamento à exercícios adaptados às necessidades particulares.