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Enviada em: 04/05/2017

A partir da segunda metade do século XX, com o avanço técnico-científico-informacional, as realizações humanas tornaram-se gradativamente mais rápidas e dinâmicas, enquanto que o homem em si mostrou-se a cada dia mais lento. O sedentarismo, no Brasil, acomete mais de 40% dos adultos, segundo dados do IBGE. É substancial compreender a periculosidade desse quadro, já que afeta a saúde física, mental e social do homem.      O corpo humano é biologicamente adaptado ao movimento e a ausência desse traz consequências físicas. O estilo de vida durante a pré-história é notoriamente marcado por longas caminhadas e exercícios práticos. A contemporaneidade, porém, caracterizada pela escassez de atividades físicas, traz à tona distúrbios como obesidade, já que a energia consumida é maior que a utilizada e passa a ser estocada no organismo; e doenças cardiovasculares, uma vez que o coração é pouco exercitado. Assim, entende-se que o sedentarismo prejudica diretamente o bem estar físico.      Ademais, uma vida sedentária influencia significativamente o psicológico do indivíduo. A grande maioria das pessoas sedentárias apresentam também outros transtornos: depressão, ansiedade e estresse. A prática de exercícios físicos, por outro lado, libera no organismo as endorfinas, substâncias que proporcionam sensação de paz e tranquilidade. Dessa forma, o ócio apresenta-se como um fator de agravamento dos sérios transtornos mentais na sociedade contemporânea.      Por fim, o contexto social de um homem sedentário também é negativamente afetado. Com o pouco convívio em sociedade, característico desse estilo de vida, o indivíduo adquire dificuldade em socializar-se. O hábito de realizar esportes, em contrapartida, que é um dos principais meios de vencer o sedentarismo, geralmente explora o trabalho em equipe e a harmonia da convivência em comunidade. Sendo assim, nota-se a direta relação entre a saúde social e uma vida sedentária.      O sedentarismo, portanto, agravado por essa era de avanço tecnológico, torna-se o mal do século, uma vez que afeta a todas as esferas da saúde humana. Dessa maneira, é ideal que as prefeituras iniciem projetos que estimulem o combate ao ócio na sociedade, através de instalação de pistas de corrida ao redor das praças públicas bem como de campanhas midiáticas motivacionais. Além disso, ONGs formadas por psicólogos em conjunto com professores de educação física podem ser criadas, e atuar no tratamento de pessoas sedentárias que têm sua saúde mental e emocional afetadas. De tal forma, o Brasil conseguirá reverter esse cenário problemático.