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Enviada em: 06/05/2017

O sedentarismo está presente há muitos anos na história da formação da sociedade. No Período Paleolítico, o homem vivia em nomadismo, buscando seu alimento através da caça e coleta. Com a Revolução Neolítica, houve a descoberta da agricultura, a domesticação dos animais e o surgimento das primeiras comunidades fixas, contribuindo para a sedentarização da população. Dessa forma, a falta de práticas físicas e os maus hábitos alimentares só aumentaram com o desenvolvimento da humanidade, chegando, atualmente, a um problema de escala mundial com serias consequências para a saúde daqueles que preferem ver TV sentados no sofá a mexer as pernas durante uma caminhada.    Trata-se de uma pandemia que atinge jovens, adultos e idosos de ambos os sexos e que é causada por um motivo simples, mas se não for corrigido, pode ceifar vidas. Sabe-se que a falta de movimentação aliada à má alimentação leva ao surgimento de doenças crônicas, como diabete, hipertensão, obesidade e câncer. Segundo dados do IBGE, 46% dos brasileiros são sedentários e a porcentagem maior está entre as mulheres. Isso é preocupante, pois o câncer de mama acomete a maioria delas e pode ser prevenido por práticas regulares de exercício físico. Assim, caminhar, correr, nadar,dançar ou jogar bola são meios que aliviam o estresse, melhoram o condicionamento cardiorrespiratório e mantém a saúde do corpo e da mente, basta cumprir os 150 minutos  de atividades físicas semanais recomendado pela Organização Mundial da Saúde.    Decerto, o avanço da tecnologia trouxe mais comodidade e rapidez para a sociedade, porém o "ter tudo nas mãos" interferiu no estilo de vida, exigindo menos do corpo. O uso de automóveis para um simples deslocamento substituiu a caminhada; trocar o canal diretamente na TV foi facilitado pelo controle remoto; varrer a casa já não é mais preciso, pois o aspirador de pó faz o serviço. Infelizmente, a sociedade usa como subterfúgio a falta de tempo para ir à academia ou correr no parque, entretanto, o que falta realmente é a preocupação com o bem estar e mandar a preguiça e a ociosidade irem caminhar para longe. Dessa maneira, o gasto de energia com práticas simples não faz mais parte do dia a dia e o sedentarismo, que antes era um estilo de vida, agora é um problema de saúde pública.    Portanto, é preciso que a população tenha consciência dos seus hábitos para a prevenção de doenças. Cabe ao Ministério da Saúde promover campanhas nos bairros com profissionais da saúde, a fim de alertarem sobre os riscos do sedentarismo. Além disso, o papel do professor de educação física nas escolas é relevante para que crianças e jovens sejam incentivados para realização de atividades esportivas. Também é importante o investimento da Secretária de Esporte e Lazer para implantação de projetos como academias públicas, proporcionando saúde e bem estar para todos.