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Enviada em: 15/05/2017

No período do século XXI, em virtude da Revolução Técnico-Científica Informacional e da ascensão do capitalismo, suscita-se o movimento em defesa da saúde populacional. Desse modo, surge a questão do sedentarismo que deve ser analisado sobre duas óticas imprescritíveis, para que se observe a sua condição.   Em primeiro plano, deve-se ressaltar que a falta de tempo ócio esteja entre as causas dessa questão. Pode-se pontuar, inicialmente, a concepção de Bauman, a qual evidencia que a modernidade líquida é a forma de vida da sociedade capitalista que proporciona a volatibilidade de consumo a todas às esferas sociais. Seguindo essa ótica, a intensificação dessa dinâmica tende a gerar, por conseguinte, a ausência de tempo ócio, que por sua vez influencia diretamente na prática de exercícios físicos. Dessa forma, a inibição dessas atividades funciona como um fator de elevação do percentual de sedentarismo. Uma ilustração disto, são os trabalhadores brasileiros que em virtude da intensa jornada de trabalho, aliada a uma estrutura de transportes deficitária, se vêem desestimulados a aderir à condutas desportivas.   Outrossim, destaca-se a tecnologia entre os atores que maximizam essa problemática no Brasil. Segundo Durkheim, o fato social é uma maneira de agir e pensar dotada de exterioridade, coercitivismo e generalização. Seguindo essa vertente, uma vez que uma criança presencia pelo seu núcleo familiar o uso excessivo dos dispositivos tecnológicos, propende-se a adotar essa forma de agir também por vivência em grupo. Nesse sentido, a permanência dessa atitude, transmitida de geração a geração, funciona como um mecanismo acentuador, bem como de retificação do estilo de vida sedentário.   Entende-se, portanto, que a diminuição da atividade física é impulsionada pela supressão do tempo ócio simultaneamente com a utilização em demasia dos recursos tecnológicos. A fim de atenuar essa realidade, o Ministério da Educação pode realizar, por meio de seus órgãos competentes, a criação de campanhas de engajamento sobre os prejuízos na saúde, resultantes do vício por equipamentos de entretenimento, visando incentivar maior mobilidade social no combate ao sedentarismo, e em conjunto com a mídia, disseminá-las na internet e televisão. Assim, será possível almejar a elevação dos índices de atividades físicas realizadas no país. Para endossar esse objetivo, o Ministério dos Esportes pode auxiliar, através de suas secretárias estaduais e municipais, com a elaboração de campeonatos interescolares e difundi-los nas instituições de ensino, no intuito de estimular, assim como de alavancar, a presença do setor desportivo na vida dos estudantes. Dessarte, a médio prazo será possível estabelecer uma coletividade com miníma taxa de sedentários no país.