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Enviada em: 04/05/2017

De acordo com a análise dos dados da Organização Mundial de Saúde, o sedentarismo é um dos maiores fatores de risco do planeta à aquisição de doenças crônicas como diabetes e hipertensão. Tal informação é alarmante ao passo que se percebe, no Brasil, altos índices de morbidez e sobrepeso, o que denota um péssimo estilo de vida mantido pela população. Elencando fatores para tal problema, pode-se destacar a criação de hábitos não saudáveis desde a primeira infância e também a falta de incentivo à prática esportiva adulta por parte do Estado.        Nas histórias da Turma da Mônica, de Maurício de Souza, a presença de crianças ativas e possuidoras de hábitos alimentares saudáveis é bem recorrente. No entanto, em contraste com a realidade, não é isso que se percebe, pois as crianças têm deixado de praticar esportes e começado a ficar mais tempo sentadas se divertindo em entretenimento digital. Os principais responsáveis são os pais, que muitas vezes não dão exemplo de um hábito alimentar saudável e nem incentivam seus filhos à prática de esportes; e também a escola, que em sua maioria não apresenta uma boa diversidade de atividades esportivas que sejam atrativas a criança.          Além disso, percebe-se que mais da metade da população adulta brasileira é sedentária, com destaque para os trabalhadores formais segundo o Ministério do Trabalho e também o IBGE. Isso ocorre, principalmente, devido à falta de tempo nas grandes cidades, nas quais os trabalhadores passam muito tempo em engarrafamentos além das horas de trabalho. Assim sendo, eles optam, em seus tempos livres, descansar ou se divertir em entretenimentos mórbidos, como ir ao cinema.          Urge, portanto, que o tema seja tratado como um problema de saúde pública e abranja algumas estruturas sociais específicas. Posto isso, o Ministério da Educação deve disponibilizar às escolas recursos que garantam a diversificação das atividades lúdicas esportivas incentivando um estilo de vida ativo nas crianças. Ademais, esse órgão deve instituir, na grade curricular de Educação Física, aulas com a participação dos pais, tratando da importância deles no processo de formação de estilos de vida saudáveis desde a primeira infância.         Outrossim, é necessário que o Ministério do Trabalho crie alternativas para conseguir mitigar a relação entre a falta de tempo do trabalhador e o sedentarismo dele. Destarte, uma alternativa é dar incentivos ao trabalhador que, por exemplo, tenha uma boa frequência em centros poliesportivos durante o seu tempo livre. Esses incentivos podem ser desde um dia com expediente reduzido ou até mesmo uma bonificação salarial. Assim sendo, o trabalhador praticará atividade física (tornando-se mais disposto ao trabalho) e o Estado será beneficiado com essa força de labuta mais eficiente.