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Enviada em: 04/05/2017

Ao longo de nossa história, a sociedade sempre procurou conforto e facilidades. A invenção do controle remoto da televisão, dos carros, dos aviões, que substituíram os navios de forma rápida e menos cansativa, e, principalmente, da internet, são exemplos dessa busca incessante da praticidade que levou ao sedentarismo. Inclusive, um paralelo simples pode ser feito para demonstrar a atuação dessas novas tecnologias, haja vista que em tempos passados as compras eram em centros e "shoppings", e hoje grande parcela é realizada pelo computador.      Primeiramente, é imprescindível reconhecer os benefícios de toda essa tecnologia que nos traz segurança e comodidade. Um exemplo seria os cursos de graduação à distância que permitem um horário flexível. Mas, apesar de benéfica, caso não haja atenção, pode ser prejudicial, uma vez que há o risco de isolamento e há falta de atividade física. Nesse contexto, majoritariamente nas camadas mais jovens, percebemos uma convivência anormal, preocupante, perigosa e dependente que desde já deve ser avaliada por profissionais. Uma prova disso é que, atualmente, jogos online substituem esportes ao ar livre, a leitura é escassa e os parques são frequentados por pessoas da terceira idade, sendo escassa a presença de adolescentes.      Em segundo lugar, de acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), 60% da população mundial sofre de sedentarismo, o que reforça a abrangência das questões citadas anteriormente. Dessa forma, problemas de saúde como a obesidade tornam-se preocupações de âmbito mundial, sendo mais alarmante em países de primeiro mundo por conta do alto desenvolvimento tecnológico. Além disso, o sedentarismo desencadeia outros fatores como a depressão, seja por isolamento ou insatisfação com o próprio corpo.      Portanto, o sedentarismo com suas possíveis consequências, que levam o indivíduo a distúrbios psicológicos e físicos, pode sim, ser considerado o mal do século. Por conta disso, cuidados devem ser tomados por órgãos de saúde e pela própria população. Estes são: maior utilização das ciclovias e propagação da bicicleta como meio de transporte não poluente e extremamente saudável, principalmente no combate a obesidade; maior incentivo no que se diz respeito a alimentação saudável por meio da diminuição de taxas de imposto e consequente elevação em lanchonetes de "fast-food's"; e cuidados constantes com parques e praças, oferecendo segurança e equipamentos para que o esporte e o exercício físico se propague novamente em meio às crianças e adolescentes brasileiras.