Materiais:
Enviada em: 04/05/2017

A contemporaneidade, marcada pelo advento da globalização, consolidou novas perspectivas no âmbito social e econômico, transformando o modo de vida e as relações interpessoais. Nessa realidade, o sedentarismo conquistou espaço na estrutura habitual dos brasileiros, sendo considerado o mal do século.              Em primeira análise, pondera-se a magnitude emblemática do sedentarismo para o corpo humano. Em razão do baixo nível de exercícios físicos semanais, ocorre o desequilíbrio das funções corporais e homeostasia do metabolismo. Como consequência, relata-se associações diretas com uma epidemia de doenças, como hipertensão, diabetes, obesidade e infarto do miocárdio. Segundo dados da ONU, cerca de 300 mil pessoas morrem no Brasil devido ao modo de vida sedentário.               Na esteira desse processo, é válido ressaltar os motivos que contribuem para a manutenção dessa realidade no país. Nesse ponto, o estilo de vida moderno torna-se hegemônico por ter como principais características a falta de tempo e as multitarefas. Associado a isso, enfatiza-se a falta de motivação individual e governamental e a dificuldade de adaptação às opções de esporte – muitas vezes limitadas. De acordo com pesquisas do IBGE, quase metade dos adultos é sedentária. Já entre os jovens, a proporção é cerca de 32,7%, visto que a disposição e tempo tendem a ser maiores contrastando com menos obrigações e tarefas.               Torna-se evidente, portanto, a necessidade de controle e mitigação do mal do século entre os brasileiros. Para isso, é essencial que a responsabilidade seja compartilhada entre os órgãos governamentais, políticas públicas, mídia e escolas. Os Ministérios da Saúde e Educação em parceria com as escolas devem traçar medidas que visem orientar e aconselhar os jovens. Assim como, deve-se incentivar as práticas esportivas juntamente com o combate à obesidade, por meio da estruturação de centros esportivos com a realização de torneios e gincanas, além de implementar nas escolas debates críticos e aparato médico e nutricional. Ademais, é essencial que o governo elabore políticas públicas amplas, integradas e de responsabilidade social, com a realização de projetos e campanhas utilizando o poder de efeito social da vitrine midiática, em busca de promover a mudança de comportamentos e a adoção de práticas saudáveis. A articulação dessa pluralidade é primordial para a elevação do bem estar e qualidade de vida.