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Enviada em: 05/05/2017

"O homem nasce livre e por toda parte encontra-se acorrentado". A afirmativa do filósofo Rosseau corrobora a perspectiva do homem do século XXI: ser responsável pelos avanços técnico-científicos e, posteriormente, estar preso a eles. Desse modo, o desenvolvimento tecnológico trouxe a facilidade de comunicação e deslocamento, todavia, contribuiu para existência, atualmente, do maior índice de população sedentária.      Em primeira análise, cabe pontuar que as novas relações de trabalho no mundo capitalista transformaram a noção de tempo e lazer. Uma prova disso, está na baixa frequência da prática de exercícios físicos entre a população, a qual alega uma vida atribulada pelo trabalho - que exige cada vez mais esforço e dedicação - e afazeres familiares, abrindo espaço, ainda, para a acomodação causada por celulares, computadores, videogames, bem como televisões nos momentos livres. Dessa forma, vê-se que os cuidados com o corpo e a saúde ficam em último plano.    Ademais, convém frisar que o quadro estabelecido pela falta de atividades físicas na vida de uma pessoa traz  inúmeros riscos para sua integridade física e mental. Diante disso, o sedentarismo é o principal responsável pelo desenvolvimento de doenças crônicas, a exemplo de diabetes e hipertensão, a qual atinge mais de 30 milhões de brasileiros, segundo dados do IBGE; como também pode colaborar para o surgimento do mal de Parkinson, derrames cerebrais, além de Alzheimer.      Logo, é notória a necessidade de combate à inatividade e incentivo à construção de uma vida saudável. É imprescindível que o Ministério da Saúde, em parceria com mídias publicitárias, lance cartilhas nos ambientes de trabalho, com o objetivo de informar a sociedade sobre os riscos da ociosidade do corpo. Além disso, é essencial que a iniciativa privada invista no aprimoramento de aplicativos que acompanham o cotidiano do seu portador, traçando metas simples e atrativas, como caminhadas na própria rua onde mora. Dar o primeiro passo é fundamental.