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Enviada em: 05/05/2017

Na década de 1980, observou-se uma epidemia mundial de AIDS que causou um medo generalizado. Foi por conta desse temor que a busca por novos tratamentos se intensificou e foi possível prolongar a vida dos pacientes. O século XXI, por sua vez, é marcado pelo sedentarismo que, apesar de não ser uma doença, é uma condição que pode afetar seriamente a saúde da população. No entanto, diferente da AIDS, muitos não o veem como uma ameaça, dada a sua recorrência, o que pode gerar impactos significantes tanto a nível individual quanto no país como um todo.      Segundo o filósofo Aristóteles, a virtude é considerada um meio-termo entre dois extremos. Comparativamente, é possível afirmar que as tecnologias devem se assemelhar à virtude e encontrar o seu próprio equilíbrio. Isso porque, a falta delas prejudicaria o progresso e o rendimento das atividades cotidianas. Já o seu excesso estaria diretamente relacionado ao sedentarismo, já que invenções como carros, elevadores e controles remotos não favorecem a movimentação física do indivíduo e estimulam a sua inércia.       Somado a isso, é válido apontar os prejuízos ao governo frente a falta de atividades físicas da população. Uma pessoa sedentária possui maior tendência a desenvolver doenças metabólicas como diabetes, obesidade e problemas da tireoide. Isso implicaria em maiores gastos com saúde pública, visto que o custo de tratamentos desses distúrbios é mais elevado que os preventivos, além de proporcionar a superlotação de hospitais. Isso torna-se um problema maior ao considerar que, segundo o IBGE, quase metade da população adulta do país apresenta algum grau de sedentarismo.         Fica evidente, portanto, a necessidade de combater essa condição e estimular a prática de atividades físicas pela população. Para isso, o Ministério da Saúde deve investir em estratégias preventivas, tais como campanhas educativas e eventos públicos com enfoque para as práticas esportivas, com o objetivo de diminuir gradativamente a porcentagem de sedentários no país. Atrelado a isso, empresas podem inserir a ginástica laboral no ambiente de trabalho com o intuito de melhorar a qualidade de vida e o rendimento dos empregados. Por fim, é importante que a família, em conjunto com a escola, facilite o acesso de jovens aos esportes e, para isso, utilizem também tecnologias, como por exemplo videogames com sensores de movimento, de forma a estipular uma rotina que evite o sedentarismo.