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Enviada em: 08/05/2017

Capacidade autodestrutiva    A conjuntura socioeconômica do século XXI, tem guiado o homem a priorizar produtos e mercados em detrimento de seu próprio bem estar. O caos das grandes cidades somado aos péssimos hábitos alimentares geram um sedentarismo precoce e debilitante. Justaposto, a preguiça e os vícios tecnológicos tornam-se aliados à perda da qualidade de vida. Sendo assim, é necessária uma mudança comportamental por parte do indivíduo e dos poderes governamentais.    Muito antes da ascensão do capitalismo, os gregos cultuavam corpos indefectíveis. Neste cenário, Hipócrates afirmou que o movimento faz o órgão, e esse quando não utilizado, atrofia. Oposto à sociedade grega, a geração pós-moderna padece de uma deterioração e cansaço do organismo. As consequências diretas de rotinas exaustivas e constante consumo de fast-food são doenças crônicas, como obesidade e cardiopatias, que afligem cerca de 40% da população nacional.    Por conseguinte, Mário de Andrade retrata a postura do brasileiro em Macunaíma, que aos sete anos diz suas primeiras palavras:"Ai! Que preguiça!". Esse comportamento expresso principalmente através da procrastinação, é responsável por parte da inércia corporal. Corroborando, a dependência tecnológica leva à preferência por ficar em casa navegando na internet à fazer exercícios físicos ao ar livre. Essa conduta intrínseca a países que vão de encontro à globalização, gera uma contradição a partir do momento que causa um enrijecimento evolutivo.   Segundo Aristóteles, portanto, o caminho do meio deve ser buscado, isto é, saber balancear as obrigações diárias com o comprometimento com o próprio corpo. Logo, é de suma importância que os esportes façam parte da vida acadêmica, e que os lanches disponíveis na cantina sejam supervisionados por nutrólogos, gerando no jovem hábitos saudáveis. Soma-se a isso o investimento por parte do Governo em centros esportivos e de lazer para a família, visando uma sensível mudança coletiva.