Enviada em: 06/05/2017

O sedentarismo é a ausência ou reduzida prática de atividades físicas feitas por uma determinada pessoa. Desse modo, discute-se, no Brasil, sobre as desastrosas consequências da permanência desse malefício no cotidiano da sociedade. Nesse contexto, há dois fatores que não podem ser negligenciados, como o incentivo dos ideais capitalistas e a transmissão hereditária desse comportamento.   É indubitável que a noção de capitalização do tempo interfere diretamente na abstenção das práticas esportivas em prol do melhor desempenho voltado ao âmbito financeiro. Comprova-se isso com o conceito de Modernidade Líquida, proposto pelo sociólogo Zygmunt Bauman, no qual as pessoas formam suas identidades pelo o que compram e possuem. Diante disso, é notório a postergação e desinteresse de práticas fundamentais para a saúde física e psicológica em prol da capacidade de ostentação de grande quantidade de bens adquiridos.    Ademais, convém frisar que o sedentarismo, muitas vezes, é ensinado e induzido aos jovens e crianças por seus familiares. Prova-se isso com a definição de fato social, maneira de agir, sentir e pensar, criado pelo sociólogo Émile Durkheim, através de que a fundamentação dos ideais do público infanto-juvenil está relacionado aos exemplos das pessoas da sociedade onde encontram-se inseridos. Destarte, é observável a perpetuação desse mal do século.   Faz-se necessário, portanto, que se criem medidas para combater o sedentarismo. É imprescindível que o Ministério das Telecomunicações, em parceria com o Ministério da Saúde, crie propagandas, atuadas por pessoas de grande influência nacional, como cantores e artistas, sobre os benefícios da prática das atividades físicas e os malefícios de sua falta, com o objetivo de incentivar a inclusão de uma grande parte do público. Outrossim, as escolas devem trabalhar o interesse dos alunos pela adesão aos esportes, através de filmes, palestras e aulas diversificadas, com o intuito de gerar interesse pelos exercícios físicos e a saúde corporal.