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Enviada em: 08/05/2017

Sob a ótica dos gregos na Idade Antiga, a forma física era de extrema importância. As estátuas dos mitos da antiga Grécia evidenciam o ideal de beleza e o culto ao corpo e a prática de esportes. Entretanto, o homem do século XXI cada vez mais dependente dos recursos tecnológicos, por outro lado tem preocupado-se menos em manter hábitos de vida saudáveis e realizar a prática de esportes. Nesse contexto, é válido discorrer o papel do sedentarismo na instalação de doenças crônicas e a predisposição à obesidade.                             Segundo dados do SUS - Sistema Único de Saúde, o sedentarismo acomete cerca de 46% dos adultos no Brasil, o que responde por quase metade da população. Nessa conjuntura a falta da prática de atividades físicas atrelada a uma alimentação irregular, torna propensa a entrada de patologias crônicas como, por exemplo, a hipertensão e diabetes. A eficiência tecnológica tem corroborado para que as pessoas tornassem-se ''acomodadas'', através do uso de computadores, celulares etc., tendo tudo ao alcance das mãos. Em algumas profissões, o indivíduo permanece sentado na maior parte do tempo realizando a mesma tarefa, sem nenhum gasto calórico, o que contribui para o sobrepeso, caso não haja realização de atividades físicas regulares durante a semana.                          De acordo com estimativas da OMS - Organização Mundial de Saúde, no Brasil a cada ano morrem 300 mil pessoas devido a doenças associadas ao sedentarismo. A dificuldade de sair da inércia faz com que muitos indivíduos recorram ao uso de recursos farmacológicos, principalmente com o objetivo de perder peso, o que em muitos casos compromete a saúde do paciente. Vale salientar também que muitas pessoas alegam não possuir tempo para a prática de atividades físicas, entretanto não substituem hodiernamente o uso de veículos automotores pela bicicleta ou caminhada. Em várias cidades do país existem academias ao ar livre construídas pelo poder público, mas que não são utilizadas por muitos cidadãos. Essas atitudes demonstram com clareza a negligência do próprio indivíduo frente a sua saúde.                            É evidente, portanto, a existência de entraves para atenuar o sedentarismo no século XXI. Desse modo, a mídia deve realizar campanhas informativas alertando a população acerca das consequências do sedentarismo num longo prazo e incentivar a prática de atividade ao ar livre. Além disso, compete ao campo educacional realizar ações de caráter conscientizador, voltadas principalmente para o público infantil, haja vista a necessidade de combater o sedentarismo já desde a infância. É importante também que os núcleos tecnológicos instiguem na sociedade, o uso de aplicativos e jogos eletrônicos que visem o gasto energético saudável, aliando tecnologia à saúde.