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Enviada em: 09/05/2017

Precursor de muitos desequilíbrios na saúde, o sedentarismo vem sendo cada vez mais presente na vida das pessoas. Em verdade, as causas para a problemática são diversas, mas sua grande parte se origina da fugacidade de uma vida urbana na qual o tempo é restrito ao trabalho, ao estudo e, nos últimos anos, à vida virtual.        Nesse contexto atual, ao analisar inicialmente pelas crianças, as brincadeiras que buscam a movimentação do corpo estão gradativamente escassas e sendo substituídas por jogos eletrônicos por exemplo. Uma observação a esse ocorrido é que tais atividades, associadas à má alimentação, exemplo nos “fast foods”, que, aliás, é outro vestígio da fugaz vida citadina, são as principais causas da obesidade infantil, exemplo de desequilíbrio corporal, que caracteriza outra questão preocupante, devido ao seu índice de crescimento na sociedade.         Desse modo, não diferente na vida adulta, a procura por esportes vem sendo paulatinamente ignorada, tanto por acomodação pessoal, quanto pela atenção restrita ao estudo e ao trabalho. No entanto, em um contexto vivente, no qual grande parte das pessoas diz não ter tempo para esportes, paradoxalmente, o tempo fornecido à vida virtual é cada vez maior. Seria, então, um problema de prioridades? O sociólogo Zygmunt Bauman debate tais contrastes dessa vida urbana em suas obras, classificando-a como “modernidade líquida”, marcada pela fluidez na existência social, em oposição, por exemplo, à preocupação à vida virtual. Assim, pode-se explicar tal pergunta com o trocadilho que diz que: "o supérfluo torna-se necessidade (redes sociais, por exemplo) e a necessidade torna-se supérflua (bem como, o combate ao sedentarismo)". E as consequências disso, quando associadas à práticas como do fumo, do álcool e de uma alimentação de péssima qualidade originam muitas doenças cardiovasculares e hormonais, causadoras de muitos óbitos antes mesmo da terceira idade.            Portanto, é necessário solucionar o problema desde a infância, por meio de uma educação crítica e reflexiva acerca da magnitude em combater tal questão, que, na verdade, é gênese de muitos outros problemas na saúde, que se complexam com o tempo. Assim, é preciso uma parceria entre família e escola a fim de incentivar as crianças à atividade física, e, claro, em paralelo à uma alimentação qualificada. Ademais, aos jovens e adultos, é preciso debater, seja em "rodas de discussão", ou seja por meio de veículos midiáticos, por iniciativas governamentais, sobre essa inversão de prioridades de uma vida cada vez mais limitada e menos ativa fisicamente, porém mais participativa na tecnologia, que embora esta seja importante para diversas tarefas em um mundo cada vez mais globalizado, tal benefício também é considerado como um dos principais "vilões" de problemáticas como essa.