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Enviada em: 20/05/2017

Em meio ao constante bombardeamento por propagandas abusivas de comidas, de carros e de smartphones, é mais do que normal ver as pessoas cada vez mais sujeitas ao mal do século: o seden-tarismo. Problema esse que tem como causas não somente a falta de estrutura fornecida por muitas ci-dades para atividades físicas, mas também a desinformação dos indivíduos a respeito do que realmen-te se come diariamente e os problemas advindos de uma alimentação desbalanceada.      Querer levar uma vida saudável não quer dizer poder levar. Isso porque, atualmente, na maioria das grandes cidades não dispõem de uma estrutura adequada para práticas esportivas ou para um simples caminhada, constituindo uma grande barreira contra o sedentarismo. Carecem-se de quadras polies-portivas, ciclovias, programas de zumba, escolinhas de futebol gratuitas ou mesmo praças ao ar livre. As estruturas das capitais foram desenvolvidas para incentivar o adquirimento de transporte particular e melhorar a logística em detrimento de pedestres e ciclistas. Outro ponto da falta de condição das cida-des para lutar contra a acomodação é a falta de segurança. Hoje, o cidadão é refém da criminalidade. Sai-se de casa sem a certeza de retorno por medo de assalto, de sequestro ou de balas perdidas.      Ademais, a falta de informação é outro fator do mal do sedentarismo atual. Apesar de haver vários programas televisivos – como Quilo-por-Quilo ou Bem Estar - aludindo o drama das vidas de pessoas que sofrem de obesidade e a dificuldade de vencer essa doença, as publicidades sobre aquele McDonald's incrível e aquela Coca-Cola deliciosa são mais persuasivas. Atualmente, por exemplo, aplicativos de “delivery” como o Ifood disponibilizam qualquer tipo de comida com poucos cliques, tor-nando as pessoas mais sedentárias ainda. Assim, a mídia peca como arma de esclarecimento, pois não só não aponta os problemas cardíacos, a diabetes e a depressão resultantes de uma vida carente de exercícios físicos, mas excitam o consumo de alimentos cada vez mais calóricos e industrializados.     Portanto, é imprescindível se lutar devidamente contra a acomodação excessiva a qual as pessoas estão se submetendo. Para isso, é necessário que o poder público promova mais áreas adequadas para a prática de atividades esportivas, com a criação de praças públicas adaptadas para os mais variados esportes, com quadras , aparelhos de musculação, programas de dança gratuitos e parques para crianças. Deve-se também fornecer segurança, com o estabelecimento de policiamento mais eficiente nos pontos estratégicos mais usados para exercícios. Além disso, é dever da mídia direcionar a informação para conscientizar a sociedade sobre o assunto, mostrando os efeitos da uma vida desregulada e o potencial calórico de cada alimento em comparação a queima energética de cada atividade. Somente assim, zelar-se-á devidamente pela saúde dos cidadãos.