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Enviada em: 17/02/2018

O sedentarismo ocorrido na pré-história significa apenas que os homens estavam fixos em uma terra, bem diferente do conceito atual, que considera sedentário aquele que não pratica atividade física regularmente. Com base nisso, um povo que já possuía esse tipo de sedentarização eram os cidadãos atenienses, que viviam em completo ócio. Contudo, essa prática é um problema evidente do século XXI, já que, com o estilo de vida de muitos trabalhadores, é difícil integrar o exercício físico ao dia a dia, o que os torna suscetíveis para as doenças acarretadas pelo sedentarismo.     Para Émile Durkheim, filósofo francês, a sociedade é um organismo vivo, com base na integração que existe nela. Assim, é possível correlacionar diversos fatores como incentivadores da sedentarização, entre eles, o modo de produção vigente que exige dos trabalhadores alto nível de dedicação e tempo, visto a competição do mercado de trabalho atual, além disso, o governo e suas medidas ineficientes para combater a problemática, também é um dos "culpados" pela alta incidência do sedentarismo entre a população, já que são realizadas poucas campanhas de incentivo para a prática de atividade física.     Destarte, é notável o comodismo da população brasileira, que se habituou ao ócio físico, já que 46% dos adultos do país são sedentários, segundo o IBGE. Esse número é alarmante, visto os problemas que essa prática pode acarretar, como diabetes, hipertensão, fraqueza muscular e até mesmo depressão e ansiedade, como descrito pelo psiquiatra Augusto Cury em uma de suas obras, que leva o nome da última doença citada. Além disso, o médico também caracterizou a síndrome do pensamento acelerado, um grave problema da atualidade, e que pode ser combatido com exercícios físicos.     Portanto, são necessárias medidas de combate ao sedentarismo, com fito de aumentar a qualidade de vida dos brasileiros. Assim, o Ministério da Saúde deve captar recursos para investir em campanhas contra a problemática, tanto publicitárias, veiculadas nas redes sociais governamentais, na televisão e no rádio, quanto as que atingem diretamente a população, como a promoção de atividades coletivas em pontos principais dos municípios brasileiros, junto com profissionais capacitados. Além disso, é preciso que o Ministério da Educação promova e incentive a realização de atividade física nas escolas, com um sistema de premiação aos alunos mais participativos, de forma que torne o jovens mais habituados aos exercícios físicos. Dessa forma, é possível diminuir os índices de sedentarismo no Brasil, e prevenir uma série de problemas de saúde no futuro.