Materiais:
Enviada em: 23/10/2018

Desde os primórdios da colonização portuguesa, em 1500, a sociedade brasileira era praticamente estamental, haja vista a consolidação de diferentes classes, como escravos e senhores de engenho. Não obstante, atualmente, nota-se a persistência da segregação entre classes, visto que os próprios serviços urbanos e habitacionais evidenciam tal fato. Nesse viés, a marginalização e exclusão social das classes menos abastadas resultam da negligência estatal, portanto, mudanças urgem nesse cenário. Em primeira análise, deve-se salientar, que com o advento da Revolução Industrial, no seu apogeu brasileiro durante a Era Vargas, a expansão da urbanização corroborou na crescente modificação socioespacial, haja vista a segregação entre centros industriais e subúrbios. Nesse contexto, fica evidente a discrepância dos ambientes habitacionais, pois, enquanto nas favelas o investimento em infraestruturas de lazer, como shoppings, são ínfimos, nos centros urbanos a realidade é oposta. Soma-se a isso, o sistema empregatício inserido, em massa, nos centros das cidades dificultando a oportunidade de emprego dos que moram nas periferias. Logo, percebe-se o ciclo vicioso que segrega pobres e ricos na sociedade. Além disso, vale pontuar o pensamento do sociólogo Bauman, de que a modernidade líquida carrega consigo a fragilidade dos laços humanos. Sob essa ótica, nota-se uma sociedade extremamente individualista, pois a marginalização e preconceitos, contra os mais pobres, é notável em uma sociedade, cuja roupa e bens materiais, bastam, para excluir e oprimir cidadãos que não adequam-se à determinada classe social. Diante dos fatos supracitados, espera-se a consonância entre União e iniciativa privada, tendo em vista a o subsídio da criação de áreas de lazer e emprego, nas periferias, haja vista a isenção de impostos que o Governo disponibilizará para essas empresas utilizarem esses locais, possibilitando maior integração entre as classes sociais. Ademais, a mídia deve veicular, com o auxílio fiscal da União, campanhas nacionais sobre a importância da valorização de todas as classes sociais, como progresso individual e social.